O grupo Hamas diz que o “assassinato” de seu líder político terá “repercussões” por todo o Oriente Médio.
Eles anunciaram na quarta-feira (31) que um míssil atingiu Ismail Haniyeh “diretamente” durante uma visita à capital iraniana de Teerã.
Haniyeh havia participado da cerimônia de posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, e estava se hospedando em uma casa do estado. Representantes do Hamas disseram, horas depois, que ele foi morto no que eles acreditam ter sido um ataque aéreo israelense.
Eles disseram que a morte do líder leva a batalha com Israel “a novas dimensões”.
O líder supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, se juntou, acusando o “regime sionista” de martirizar seu “querido convidado”. Ele disse que sua população considera uma tarefa vingar a morte de Haniyeh.
Manifestantes palestinos disseram que entrariam “espada por espada” na batalha.
Centenas se aglomeraram nas ruas para condenar a morte e manifestar seu suporte ao Hamas.
Líderes do Hezbollah no Líbano vinham lamentando a morte por forças israelenses na terça-feira (30) de um de seus altos comandantes. Eles disseram que seu “inimigo pede guerra” e que eles estão “dispostos a isso”.
Indivíduos junto aos rebeldes houthi no Iêmen disseram que os israelenses enfrentam retaliações que serão “dolorosas e duras”.
Líderes em Israel evitaram comentar sobre os eventos, mas o primeiro-ministro Benjamim Netanyahu falou horas depois da morte de Haniyeh, dizendo, “Dias desafiadores estão à frente”. Ele disse que Israel exigiria um “preço pesado” por qualquer agressão “em qualquer frente”.
O secretário de estado do EUA, Anthony Blinken, vem trabalhando com parceiros no Qatar e no Egito para um armistício para Gaza.
Ele disse que não quer especular sobre como a morte poderia impactar nessas negociações. Mesmo assim, ele disse que nada tira a importância de alcançar um cessar-fogo.
Fonte: NHK