Velejador japonês de 76 anos revela o que enfrentou na volta ao mundo sozinho

Sem parar em nenhum porto, velejador septuagenário passou 394 dias no mar, enfrentou ataque de tubarões e para não passar fome pescou.

Com barba e pele queimada, chegou sorrindo, e foi homenageado pelos amigos velejadores (Asahi)

Pela segunda vez, o velejador japonês mais velho do mundo retornou de sua viagem de volta ao mundo, depois de 394 dias. Com a pele queimada de sol, barba branca, foi recepcionado com um ramalhete, por cerca de 50 amigos igualmente velejadores no Porto de Sakai (Osaka). Ikuo Tateo, 76 anos, chegou ao porto acenando sorridente, depois de velejar 55 mil quilômetros em diversos mares do mundo. Sem parar em nenhum porto.

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A sua primeira façanha como essa foi em 2001 e ele conta que quer fazer mais uma dessas viagens, novamente sozinho, antes de morrer.

“O idoso voltou”, falou rindo assim que desceu do veleiro Eolia, de 9 metros. Depois confessou “pra resumir em uma palavra, desta vez me cansei”.

Eolia, a embarcação de 9 metros usada pelo velejador japonês (Yatch Salaku)

Velejador enfrentou tubarões

Partiu em 5 de julho, das ilhas Ogasawara (Tóquio) e retornou em 26 deste mês. Ele conta que no projeto inicial velejaria pelo sentido oeste, mesmo enfrentando o vento de frente. Porém, uma ocorrência o fez mudar o percurso para o sentido leste.

“Nas Ilhas Salomão, a embarcação foi atingida pelos tubarões, danificando a popa e peças da direção automática se afundaram no mar”, revelou o Tateo. “Normalmente, um velejador interromperia a viagem. Eu dei um jeito com outras peças e consertei a parte danificada”, explicou. Diante do ocorrido, ele decidiu fazer a volta no sentido leste, como da vez passada.

Foi elogiado por um velejador em seu blog especializado “só se consegue o que ele fez por ter muita experiência e conhecimento técnico”, em relação ao equipamento danificado.

Tempestade e falta de comida

Apesar do sorriso na chegada, o velejador japonês conta que amargou dias de tensão e sofrimento. Isso foi no Oceano Índico, por 2 meses. “Uma tempestade veio de forma intermitente por cerca de 2 a 3 horas”, relata. Ele tinha deixado os mares da África do Sul com destino a Austrália. A tempestade rompeu o cabo que suporta o mastro e, para piorar a situação, detectou que a comida duraria menos de um mês.

“Com iscas simuladas pesquei atuns. Foram uns 25 de 80 cm cada um”, explica. “Com um atum sobrevivi 5 dias”, revela o velejador.

Além disso, um blogueiro especializado em veleiros contou que Tateo sofreu uma queda dentro da cabine, por causa da tempestade. Teria batido a cabeça e sangrado. No primeiro momento se sentiu enfraquecido, mas logo retomou o ânimo.

Cheio de alegria confessou que sonhava sempre que estava comprando pão na loja de conveniência (Kansai TV)

“Sonhei muitas vezes que ia à loja de conveniência”

Quando deixou o Japão, carregou arroz, cup lamens e enlatados na embarcação, mas também comeu muito atum como relatou. “No mar não tem loja de conveniência. Sonhei muitas vezes que ia à loja de conveniência comprar pão”, revela sorrindo.

Por isso, em terra, declarou que a primeira coisa a fazer era ir à uma dessas lojas. E, depois, tomar uma cerveja, já que não levou uma lata sequer no veleiro.

Ele disse à imprensa que vai dar entrada no Guinness Book, o livro dos recordes, por ser o velejador com mais idade que deu volta ao mundo.

Fontes: Kansai TV, Asahi, Yatch Salaku, Livedoor e Sankei
Fotos: Yatch Salaku, Kansai TV e Asahi

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O jardim japonês de 172 anos para a era digital

Publicado em 29 de agosto de 2017, em Conhecendo o Japão

A maioria dos visitantes desse jardim são atraídos pelas azaleias e rica história, contudo, nos últimos verões, houve outra razão para conhecê-lo: a computação gráfica.

Computação gráfica é projetada na superfície de um lago no Mifuneyama Rakuen – parte de uma exibição intitulada “Uma Floresta onde moram os Deuses” (TeamLab/Mifuneyama Garden)

A maioria dos visitantes do Mifuneyama Rakuen são atraídos pelas cerca de 200.000 azaleias e rica história. Contudo, para os últimos verões, houve outra razão para dar uma passadinha no jardim: a computação gráfica.

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Em uma exibição noturna chamada de “A Forest Where Gods Live (Uma Floresta onde Moram os Deuses em tradução livre), projeções de alta tecnologia são lançadas nas rochas, lago e árvores, acompanhadas por música e efeitos sonoros. A mistura de mágica digital e cenário natural é organizada pelo TeamLab, uma coletiva criativa com sede em Tóquio.

O jardim está localizado na cidade de Takeo (Saga). Criado em 1845 por um lorde de Takeo, ele se estende na base do Monte Mifune. Além das azaleias, seus créditos para fama incluem um canforeiro de 3.000 anos e uma caverna no lado montanhoso. Estátuas budistas esculpidas há cerca de 1.300 anos pontilham o parque.

Assista ao vídeo:

Em uma noite recente, uma cachoeira apareceu acima de uma rocha de 3 metros de altura entre as árvores. Uma cascata branca mostrava toda sua beleza, o produto de computação gráfica baseado na análise da superfície irregular da rocha. A TeamLab chamou isso de “Universo das Partículas de Água sobre uma Rocha Sagrada”, um dos 14 trabalhos digitais de arte que visam complementar a paisagem. A exibição da cascata até simula a interação entre quedas individuais, criando traços realísticos e delicados na superfície rochosa.

A exibição será realizada no horário entre as 19h30 e 22h30 diariamente até o dia 9 de outubro.

“Objetos materiais criados pelos humanos geralmente entram em conflito com a natureza, mas as criações digitais são uma história diferente, visto que elas não existem no mundo material”, disse o presidente da TeamLab. Isso torna possível criar arte ou espaços que tiram vantagem do poder da natureza sem alterá-la”.

Informações sobre a exibição noturna:

Local: Mifuneyama Rakuen (御船山楽園)
Para mais detalhes: Mifuneyama Rakuen (em japonês e inglês)
Mais detalhes veja aqui
Localização, veja aqui

Fonte: Nikkei
Imagem: Mifuneyama Garden

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