A demência do smartphone acomete pessoas entre 20 a 50 anos (Pexels)
O médico neurocirurgião Ayumi Okumura, autor de diversos livros sobre memória e demência, e também dono de uma clínica, adverte “está aumentando progressivamente o número de pacientes jovens com problema de memória”.
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Livro sobre o assunto
Okumura é um médico que já atendeu mais de 100 mil pacientes com problemas de memória, sua especialidade.
No seu consultório se depara com pacientes na faixa dos 20 aos 50 anos que não deveriam apresentar sintomas de demência senil. É a doença da perda ou redução progressiva e irreversível das funções intelectuais, que se incluem alteração da memória, raciocínio e linguagem, além de perder a capacidade de realizar movimentos e de reconhecer ou identificar objetos. Faz o indivíduo perder sua autonomia.
Segundo o médico, 30% dos seus pacientes com sintomas da demência do smartphone estão na faixa etária entre 40 a 50 e 10% na faixa dos 20 aos 30 anos. Ele reafirma que o aumento é progressivo nos últimos anos.
Causa dessa demência
Explicando de forma simples, com o advento do smartphone as pessoas passaram a obter informações rapidamente, sobrecarregando o cérebro com o excesso delas.
Elas passaram a não processar as informações, deixaram de pensar. O equilíbrio do cérebro está no recebimento e depois no processamento da informação, pensando e analisando profundamente sobre o assunto. O smartphone facilitou a vida, mas para o cérebro essa overdose de informações só recebidas é altamente prejudicial.
O indivíduo ainda jovem pode ter sintomas iguais aos da demência senil e também depressão (MaxPixel)
Sintomas da demência do smartphone
O fato de só receber informações provoca esquecimentos, perda de si mesmo e alterações do humor, levando as pessoas ainda jovens a apresentarem sintomas parecidos com a depressão e demência senil.
“Toco a campainha da advertência porque se os sintomas continuarem por longo tempo sem tratamento, a pessoa terá, de fato, depressão ou demência”, enfatiza.
Como se prevenir da demência do smartphone
Se não fizer prevenção, aumenta sensivelmente a possibilidade da demência senil ao chegar na terceira idade. O médico aponta que é preciso rever o estilo de vida para se prevenir.
Abandonar o smartphone na hora das refeições (Pixabay)
Ele recomenda um tempo sem pensar nada, ficar de bobeira por alguns minutos, várias vezes ao dia, para dar uma pausa para o cérebro.
As pessoas acostumadas a ter o smartphone em mãos o tempo todo, devem deixá-lo de lado na hora das refeições, no banho, no trajeto dentro do trem ou ônibus, nos dias de folga com atividade de lazer e ao ir para a cama. A sugestão é aproveitar esses momentos sem o smartphone para descansar o cérebro.
Com essas pequenas ações, a pessoa fica livre da demência do smartphone.
Fontes: News 24 e Amazon
Fotos: Amazon, Flickr, Pexels, Pixabay e Maxpixel