Pesquisadores encontram maneira para fazer sakura florescer 2 vezes ao ano

Através de manipulação genética, pesquisadores encontraram uma maneira de fazer as flores de cerejeira desabrocharem na primavera e no outono.

Sakura no Castelo de Himeji (imagem ilustrativa)

Para a alegria daqueles que se encantam com as flores de cerejeira em todos os lugares, botânicos na Universidade de Quioto descobriram uma maneira de fazer com que as cerejeiras desabrochem mais de uma vez ao ano e planos já estão em curso para introduzir a cor rosa à paleta de outono.

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Ao manipular os marcadores genéticos do sakura, pesquisadores dizem que basicamente enganaram a mãe natureza ao reproduzir a dádiva da primavera novamente no outono.

Como tantas descobertas científicas, o avanço foi um pouco de casualidade

Com a meta de aumentar a produção de arroz do Japão, pesquisadores da universidade vinham trabalhando duro ao estudar o genoma de uma variedade de rápido crescimento de arroz vietnamita que pode ser colhida até quatro vezes ao ano.

“Produzimos uma variedade similar, que demos o nome de Chumpa, a qual pode ser colhida mais de uma vez, mas ela ainda realmente não passou nos testes de degustação da equipe”, disse Kohei Yoshimoto, o líder da pesquisa.

Por um capricho, os pesquisadores decidiram levar a atenção à árvore mais querida do Japão.

Sakura AF – Aki flower

Apesar de ainda estar em seus estágios iniciais, a promessa do projeto – com um nome código de Sakura AF (abreviação para Aki Flower, flor de outono) – entusiasmou tanto a indústria turística como o setor varejista Japan Inc.

“Isso é realmente muito bom para ser verdade”, disse uma porta-voz da agência de viagens JTB. “Temos observado um aumento constante no número de turistas durante a temporada de flores de cerejeira, então, duplicar com mais turismo relacionado ao hanami é uma realização auspiciosa. Não poderíamos estar mais felizes”.

Fabricantes de bebidas e de doces estão especialmente interessados em lançar novas linhas de produtos aki sakura para complementar as festividades.

Embora a escala e localização das árvores geneticamente modificadas ainda não tenham sido decididas, Yoshimoto disse que houve discussões para iniciar na região de Tohoku, com a intenção de ajudar a revitalizar o debilitado fluxo de turismo da área.

A ideia, no entanto, não foi bem recebida por todos

Um grupo já foi formado para se opor à implementação do projeto.

Chamado de Hanami no Dentou wo Zettai ni Mamoru Kai (As Pessoas que Farão Qualquer Coisa para Proteger a Tradição do Hanami, em tradução livre do inglês), o grupo ameaçou cortar as cerejeiras bianuais se o plano vier a ser viabilizado.

“Essas são espécies mutantes, uma deterioração do espírito do Japão”, disse o líder do grupo Kenji Yamato.

Fonte: Japan Times
Imagem: Bank Image

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Como reduzir o lixo da cozinha

Publicado em 9 de abril de 2018, em Sociedade

O chamado ‘nama gomi’ é composto basicamente do que sai da cozinha. Saiba quais são esses itens e o que fazer para redução do lixo combustível.

Usar os 3R para gerenciar os alimentos e evitar descartar no lixo (Pixabay)

Com tanta quantidade de lixo eliminado diariamente, o que pode ser feito para reduzir e ser mais ecologicamente correto?

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A primeira coisa a pensar é o que é o lixo considerado queimável no Japão. Isso depende de cada prefeitura, mas em geral são restos de alimentos e comida, papéis picados, fraldas, absorventes e vestuário. O restante tem que ser classificado e descartado separadamente.

A verdade é que a população japonesa vem reduzindo a quantidade anual por pessoa. Em 2004 eram 935 gramas por dia e por pessoa, enquanto em 2015 essa quantidade caiu para 750g. Ainda assim, cada um descarta quase 300Kg de lixo queimável por ano.

Uma das boas práticas a ter em mente é a ferramenta 3R – reduzir, reusar e reciclar.

Redução do lixo e os 3R no cotidiano 

Reduzir o descarte requer mudança de hábitos. Uma das formas de fazer isso é comprar menos. Ou seja, comprar somente os alimentos que, de fato, irá usar para o preparo das refeições. Boa parte do lixo doméstico é de cascas de verduras, legumes e frutas. Também do que fica inviável para utilizar, por esquecimento dentro da geladeira. Ou, porque se tem o hábito de jogar alimentos preparados.

Estatística da prefeitura de Quioto mostra que 10% do lixo descartado é de cascas dos vegetais, 15% dos talos e folhas e 5% dos restos de comida. Ao fazer uma revisão, 30% poderia ser reaproveitado na sua mesa. Assim, contribui para a redução do CO2 do Planeta. 

Em geral, nas sacolas de lixo, mais da metade é água que vai junto com os alimentos descartados. Por isso, é importante descartar depois de cortar a água.

Que tal renovar o hábito e comer tudo o que é preparado? Se sobrar, crie uma nova receita ou congele.

Outra atitude é reusar. Também requer mudança de paradigmas. Descascou as batatas e joga as cascas fora? Descarta a casca do abacaxi? Não. Elas podem ser reaproveitadas. Se fizer uma busca na internet encontrará várias formas de reaproveitar tudo isso. Tem receitas de molhos, fritas ou sucos deliciosos.

Sobras de vegetais podem se transformar em sauté ou ensopado (Flickr e Wikimedia)

Uma das dicas é criar o dia do checking da geladeira, uma vez por semana. Por exemplo, todo sábado pela manhã, verificar se não tem verduras ou frutas murchando e logo pensar em uma receita para elas. O mesmo vale para a despensa. Verificar a se não tem enlatados e produtos alimentícios secos com prazo de vencimento apertado.

O papel alumínio usado uma vez, pode se transformar em uma bola para afiar tesoura e alicates de cutícula.

Outra forma de reusar é produzir compostagem. Com o obtido pode plantar ervas para o seu tempero, folhas como alface e também cultivar flores. Tudo orgânico! Há baldes para compostagem caseira (コンポスター) e até equipamentos elétricos. Os preços variam de 3 mil a 90 mil ienes.

Compostagem para a reutilização do que seria descartado ajuda na horta orgânica

Reciclar para evitar gerar lixo

Muitos itens que iriam direto para o descarte podem ser reciclados. Por exemplo, as roupas de cama, mesa e banho. Podem ser cortadas e servir como panos de limpeza. Há cidades que costumam recolher essas peças, pois elas vão para a reciclagem para se transformarem em panos para as indústrias diversas, para limpeza do óleo, graxa, etc.

As roupas do vestuário podem ser doadas se estiverem em bom estado. Outra forma é levá-las para um brechó ou doar entre as amigas, especialmente as de crianças.

Só descarte aquelas que já estão surradas e não servem para outra pessoa. Ainda assim, dependendo do tecido pode ser cortada e usada para limpar o chão antes de ir para o lixo.

Os alimentos também podem ser reciclados. Se perceber que as frutas estão murchando, a dica é preparar uma geleia. Se sobrar um picadinho, use-o em outro prato. Se sobrar batatas e cenouras separadas para salada, faça um sauté. 

Há muitos brechós nas cidades japonesas (Flickr)

Fontes: governo e Dole
Fotos: Pixabay, Prov. Okinawa e Flickr

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