A decisão da Europa em proibir a importação de carne de frango de fornecedores brasileiros afeta 30 a 35% das exportações do país ao bloco e forçará as empresas a buscarem novos mercados enquanto oficiais trabalham para reverter a medida, disse o Ministério da Agricultura do Brasil.
Os países do bloco europeu alegam deficiências no sistema de controle sanitário brasileiro.
A UE- União Europeia suspendeu na quinta-feira (19) importações de produtos da carne brasileiros, principalmente frango, em uma medida que afetou 20 frigoríficos no Brasil que haviam sido autorizadas a exportar para a UE, de acordo com uma declaração da Comissão Europeia.
“Eu estava na Europa na semana passada e estávamos esperando uma definição sobre quantos, se quaisquer estabelecimentos, iam ser deslistados”, disse o ministro Blairo Maggi aos repórteres no Paraná após a medida ter sido revelada.
“Precisamos iniciar discussões para restabelecer esses frigoríficos assim que possível”, disse ele.
Maggi observou que o governo brasileiro solicitaria que uma missão comercial tivesse permissão na Europa para negociar uma revogação da medida. Enquanto isso, disse ele, empresas brasileiras “terão que buscar novos mercados para substituir rapidamente essas exportações”.
A proibição também é um golpe para a maior processadora de carne de frango do Brasil, a BRF SA, que teve 12 frigoríficos deslistados após seu envolvimento em uma investigação sobre segurança alimentar.
Vinte frigoríficos foram afetados pela decisão da UE, oito dos quais eram operados por empresa menores, de acordo com o esboço de um documento relacionado à decisão visto pela Reuters na quinta-feira.
A JBS SA, a segunda maior processadora de carne de frango do Brasil, não teve frigoríficos afetados pela proibição, disseram à Reuters fontes próximas ao assunto sob a condição de anonimato.
Fonte: Agência Reuters Imagem: Bank Image