Brasileiro tenta suicídio no Centro de Imigração

Em abril deste ano foi um indiano, desta vez um brasileiro tenta tirar a própria vida no local onde ficam os detentos para serem deportados.

Centro de Imigração, em Ibaraki, onde o brasileiro foi encontrado morto (Toyo Keizai)

Segundo o jornal Tokushima Shimbun, um brasileiro, na faixa dos 40 anos, tentou suicídio dentro do banheiro onde tem chuveiro, no Centro de Imigração do Leste do Japão. O anúncio foi feito pela Organização de Apoio aos Detidos, nesta sexta-feira (25).

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Foi encontrado às 13h10 de 15 de maio, terça-feira, no banheiro. Foi socorrido e salvo da tentativa. A organização lamentou o fato e também relembrou que em 14 de abril um indiano cometeu suicídio.

Este foi o segundo caso envolvendo brasileiro. Anteriormente um tirou a vida dentro do Centro de Imigração do Leste do Japão, em Ushiku (Ibararaki). Leia sobre essa matéria tocando aqui.

Nesse centro ficam detidos os estrangeiros que estão em situação irregular na Imigração. Muitos deles são os que ficaram ilegais por terem o visto de refugiado negado. Outros, por não terem conseguido renovar o visto de residência por algum motivo.

Imagem ilustrativa do banheiro do centro (Departamento de Imigração)

Lá esperam pelo dia em que serão deportados e, em muitos casos, podem ficar anos em situação como a dos presidiários.

O centro de imigração informou que intensificará a vigilância e a atenção aos internos.

Fonte: Tokushima Shimbun
Fotos: Toyo Keizai e Imigração 

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Mensagens e comida dentro de garrafas enviadas pelo mar à Coreia do Norte

Publicado em 21 de maio de 2018, em Ásia

“Estamos enviando isso sem condições anexas. Estamos enviando isso por amor”, disse um ex-oficial do exército norte-coreano.

Homens descarregam a carga e transportam sacos pesados por cerca de 1Km até o ponto de lançamento (CNN)

Quando ativistas chegam na ilha em um pequeno caminhão e em um carro, uma estrada suja estava bloqueada por uma peça de equipamento de construção.

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Então todos os homens, com idades ente 50 e 70 anos, simplesmente descarregam a carga e transportam sacos pesados por cerca de 1Km até o ponto de lançamento.

Esse é o mais perto que Jeong Gwang-il e seu amigos voluntários podem chegar até a Coreia do Norte. Duas vezes por mês eles vão até esse cais rochoso para enviar presentes a seus vizinhos mais pobres no Norte.

O pequeno grupo aguarda a mudança de maré. Eles juntam suas mãos em oração e então começam a arremessar centenas de garrafas de plástico ao mar.

Cada garrafa de dois litros é um pacote de cuidados improvisado, preenchida com um quilo de arroz cru e uma única nota de dólar, produtos que levariam a média norte-coreana de 40 dias para ganhar, dizem ativistas.

Juntam suas mãos em oração e depois arremessam centenas de garrafas de plástico ao mar (CNN)

A esperança é que o arroz possa alimentar os 41% do país que as Nações Unidas acreditam estar subnutridos.

Dentro das garrafas também há medicamento para matar parasitas – médicos encontraram vermes no estômago de um soldado que atravessou a zona desmilitarizada no ano passado para desertar – e uma memória USB cheia de vídeos com informações do mundo lá fora. Eles travam informações proibidas no país destinadas a “acordar a população norte-coreana”, como coloca Jeong.

O último item é um bilhete que diz “Deus ama você”.

Enquanto a equipe de reportagem da CNN observava a flotilha de garrafas d’àgua sendo levada pela maré em direção à Coreia do Norte, um dos colegas de Jeong, ex-oficial militar norte-coreano chamado Kim Yong-hwa, tem palavras mais fortes para a liderança em Pyongyang.

Cada garrafa é preenchida com um quilo de arroz cru e uma única nota de dólar (CNN)

“Cada uma dessas garrafas de arroz é uma bala contra três gerações da ditadura de Kim”, diz ele, se referindo à dinastia norte-coreana, atualmente liderada por Kim Jong-un.

Tim Peters, missionário americano que morou na Coreia do Sul, usa pequenas sacolas de plástico cheias de sementes.

“É muito importante reconhecer que a Coreia do Norte é verdadeiramente, baseada em relatos das Nações Unidas… uma das grandes áreas de desastres de direitos humanos que temos no mundo de hoje, e incluído nela é a segurança alimentar”, disse ele à CNN.

Contudo, ativistas como Peters, Jeong e Kim Yong-hwa enfrentam um obstáculo em seus esforços: o governo sul-coreano.

Paz na península

Quando Kim Jong-un se encontrou com o presidente Moon Jae-in no final de abril, a ocasião histórica suscitou reações emocionais de muitos sul-coreanos.

Contudo, ativistas como Peters e Jeong Gwang-il tiveram sentimentos confusos sobre as relações calorosas entre Pyongyang e o mundo lá fora, e preocupados que as alegações de graves abusos de direitos humanos estão sendo ignoradas.

A reunião de Moon e Kim terminou com os dois assinando uma declaração que visa reduzir as tensões entre as duas Coreias, países vizinhos que ainda estão tecnicamente em guerra.

O acordo não fez nenhuma menção sobre civis enviando itens à Coreia do Norte, mas em 4 de maio o Ministério de Unificação da Coreia do Sul emitiu uma declaração pedindo a grupos civis que parassem com a ação.

Suspender atos hostis

Jeong disse que as autoridades sul-coreana recentemente entraram em contato com ele pedindo que parasse de enviar pacotes de cuidados engarrafados à Coreia do Norte.

Ele disse que se recusou e enviou outro lote flutuante em direção ao Norte, o do dia 14 de maio.

“A Coreia do Sul está sendo manipulada pelo esquema de Kim Jong-un”, argumenta ele.

Jeong se encontrou pessoalmente com Trump na Casa Branca em fevereiro passado para contar sua história. Contudo, agora, ele está preocupado que o presidente dos EUA poderá ignorar os casos mencionados em seu discurso se a desnuclearização norte-coreana acontecer.

De pé no cais, Jeong e outros ativistas observavam as últimas garrafas sendo levadas pelas águas vagarosamente.

Eles não têm provas de que as garrafas vão chegar até as mãos de cada norte-coreano.

Mas eles afirmam que guardas de fronteira sul-coreanos disseram que viram soldados norte-coreanos e civis recolhendo as garrafas cheias de arroz ao longo da costa.

“Estamos enviando isso sem condições anexas. Estamos enviando isso por amor”, disse Kim Yong-ha, ex-oficial do exército norte-coreano.

É uma mensagem de esperança, diz ele. Uma mensagem em uma garrafa.

Fonte e imagem: CNN

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