Homem que não pôde estudar quando jovem doa ‎¥516 milhões à universidade

“Ao invés de morrer e deixar bens para minha família, o dinheiro teria muito mais valor se oferecido aos jovens”, disse o japonês de 80 anos.

Nakamoto não quer que ninguém sofra a angústia que ele vivenciou décadas atrás quando não tinha condições financeiras para estudar (imagem ilustrativa/banco de imagens)

Quando era jovem, Hiroo Nakamato queria muito estudar na Universidade de Kyushu, mas sua família era muito pobre e ele teve que abandonar seu sonho.

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Nakamoto conseguiu fazer fortuna e agora, aos 80 anos, está em uma posição que pode ajudar outras pessoas, para que elas não sofram a angústia que ele vivenciou décadas atrás.

O fundador de uma empresa gráfica em Fukuoka doou 516 milhões de ienes ($4.7 milhões) à Universidade de Kyushu em 11 de maio para arcar com bolsas de estudo e suporte aos universitários que querem estudar no exterior.

A universidade disse que a doação foi a maior já recebida para bolsas de estudo. O ministério da educação frisou que uma generosidade desse tipo foi excepcionalmente rara.

Nakamoto se encontrou com o presidente da universidade, Chiharu Kubo, em 11 de maio, para explicar a escala e intenção da doação.

Quando jovem, o sonho de Nakamoto do ensino superior foi encorajado por uma professora da Escola Secundária Kokura que era formada na prestigiada Universidade de Kyushu.

Contudo, a família de Nakamoto era pobre e o ensino superior não tinha chance de sucesso. “A professora visitou minha casa em cinco ocasiões, mas meu pai não dizia sim”, disse Nakamoto.

Hiroo Nakamoto entrega ao presidente Chiharu Kubo um documento definindo a doação à universidade (Asahi)

O desejo de estudar nunca deixou Nakamoto e, através de autoaprendizado, ele conseguiu obter uma patente em 1972 dos EUA para tecnologia de impressão que usa eletricidade estática.

Ele fez sua fortuna após fundar uma empresa gráfica em Fukuoka no ano de 1987.

Nakamoto tem filhos e netos, mas ele achou que eles nunca seriam capazes de sobreviver por conta própria se ele deixasse uma grande herança.

Quando decidiu sobre onde fazer sua doação, Nakamoto foi influenciado não somente pelas relações com sua antiga professora do colegial, mas também por um médico que cuidou dele por 22 anos após ele ter sido internado por causa de um derrame. O médico também era formado pela Universidade de Kyushu.

A esposa de Nakamoto, Toshie, de 74 anos, não teve dúvidas sobre a alta doação.

“Ao invés de morrer e deixar patrimônios para minha família, o dinheiro teria muito mais valor se oferecido aos jovens”, disse Nakamoto. “Se isso levar a novas invenções e descobertas que tornem o Japão ainda mais próspero, seria maravilhoso. Quero morrer sem nenhum bem em meu nome”.

A Universidade de Kyushu vai definir uma premiação especial no nome de Nakamoto por um período de 20 anos, a partir do próximo ano escolar, para auxiliar 35 estudantes anualmente que planejam viajar ao exterior para estudar ou apresentar resultados de pesquisa.

Além disso, o dinheiro será usado para 30 bolsas de estudo por ano.

Fonte: Asahi
Imagem: Asahi

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Médicos pedem ao governo para tornar vacina contra caxumba regular no Japão

Publicado em 14 de maio de 2018, em Sociedade

Como a vacina contra caxumba foi excluída da tríplice viral, no Japão, médicos pedem ao governo para torná-la regular para evitar pandemia.

Médicos do Japão pedem ao governo para tornar regular a vacina contra a caxumba (Flickr)

A Sociedade de Pediatria e a Sociedade de Doenças Infecciosas do Japão, mais 15 entidades, deram entrada em uma solicitação formal para tornar a vacina contra caxumba, de rotina, no Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, nesta segunda-feira (14).

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Em países como o Brasil, a vacina contra a caxumba está incluída na tríplice viral – sarampo, caxumba e rubéola – a ser tomada pela primeira vez com 1 ano e a segunda dose aos 15 meses. 

No Japão, a vacina contra caxumba foi retirada da tríplice viral por causa dos efeitos colaterais. As crianças recebem as contra sarampo e rubéola apenas. As sociedades médicas apontam na solicitação que se aplicada em crianças com idade inferior a 3 anos os efeitos colaterais são improváveis de ocorrer.

As sociedades médicas e outras entidades querem que o governo inclua uma verba para tornar a vacinação regular no país.

Foram constatados 359 pacientes, no período de 2 anos, a partir de 2015.

Há uma pesquisa que mostra perda auditiva de 1 paciente a cada grupo de mil pessoas com caxumba. A solicitação para o governo tem como destaque que “a imunização pode reduzir essas complicações pesadas”.

Atualmente o índice de recebimento da vacina em questão é de 30% a 40%. As sociedades médicas querem otimizar essa taxa ao torná-la uma vacina regular para evitar pandemia que ocorre uma vez a cada vários anos.

Fontes: Sankei e MBS 
Foto: Flickr

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