O governo japonês vai pavimentar o caminho para trabalhadores permanecerem empregados até os 70 anos, se eles escolherem assim, como parte de seu esforço para remodelar a mão de obra face a uma população em encolhimento e idade avançada.
Tóquio busca revisar a legislação a qual agora exige que as empresas permitam aos funcionários que quiserem trabalhar até os 65 anos. Isso será gradualmente elevado para a idade de 70, incialmente como uma meta não obrigatória.
O primeiro-ministro Shinzo Abe disse ao jornal Nikkei Asian Review em 3 de setembro que ele quer deixar as pessoas trabalharem além dos 65 anos. O governo discutirá a questão com líderes de negócios no outono.
Antes da mudança da lei, o governo fornecerá suporte às empresas interessadas em empregar pessoas mais velhas.
Essas medidas serão acompanhadas por incentivos maiores para que os trabalhadores de idade mais avançada atuem.
As companhias estabelecem suas próprias idades de aposentadoria – tipicamente menos de 65 anos – e os funcionários que desejam permanecer além desse ponto são geralmente recontratados como salários significantemente mais baixos.
Duas em cada três pessoas com 60 anos de idade ou mais querem continuar trabalhando além dos 65, de acordo com uma pesquisa do governo, mas o pagamento reduzido significa que muitos optam por viverem de suas pensões.
Os setores público e privado buscarão renovar a performance de avaliação e sistemas de remuneração para garantir que os mais velhos com habilidade e desejo de trabalhar não sofram um golpe financeiro por fazer isso.
O governo também vai considerar a reformulação do sistema de aposentadoria, oferecendo pagamentos maiores àqueles que começam a coletar benefícios aos 70 anos ou mais.
Contudo não está claro se as empresas atentas a custos de trabalho mais altos concordarão com esse esforço.
Empresas que têm estruturas de salários com base em senioridade podem responder a uma idade de aposentadoria tardia ao reduzir o salário ao nível de ingresso. E se a economia esfriar, as empresas vão ficar mais opostas a medidas que elevam custos.
Fonte: Nikkei Imagem: Banco de imagens