Passaporte brasileiro (Wikimedia) e visto japonês (Flickr)
Após quase um ano do início da concessão de um novo tipo de visto para os descendentes de quarta geração residentes em diversos países do mundo, incluindo o Brasil, foram apenas 43 concedidos até 17 de junho, levantou o jornal Nikkei-Nihon Keizai.
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O governo estabeleceu aceitação de 4 mil jovens yonseis por ano na ocasião da criação de novos vistos para atrair mão de obra estrangeira, no ano passado.
No entanto, o resultado ficou na casa de 1%, apesar do apelo de “ponte entre o Japão e a sociedade nikkei”. Se permite trabalhar em tempo integral, no fundo, é para suprir a escassez de pessoal no Japão.
Em São Paulo, onde tem a maior comunidade nikkei do mundo, o consulado geral japonês divulgou o novo sistema por meio de sessões informativas e reuniões de discussão com a comunidade, mas apenas 17 pessoas obtiveram esse status de residência.
“As condições são muito rígidas e há poucos candidatos. Não estamos recrutando yonseis”, declarou um representante da Fujiarte do Brasil, de São Paulo.
A comunidade nikkei brasileira no Japão, até o final do ano passado, tem 201.865 pessoas, sendo a quinta em tamanho populacional dentre as várias nacionalidades. Antes do Lehman Shock, em 2008, chegou a ter mais de 300 mil pessoas, ápice desde 1990 quando foi permitida a entrada pelo governo.
O ativista e deputado federal Kim Kataguiri declarou para o Nikkei que quando esteve no Japão em março deste ano pediu ao ministro Taro Aso para facilitar as condições para obtenção desse visto.
Fontes: Nikkei e governo