Dengue assola países no sudeste asiático por causa das ‘temperaturas extremamente quentes’

Temperaturas extremamente quentes podem ser as culpadas pelo aumento mundial de casos de dengue neste ano.

O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue (ilustrativa/banco de imagens)

A dengue está assolando o sudeste asiático porque as “temperaturas extremamente quentes” neste ano oferecem os “terrenos de reprodução ideais para mosquitos”, dizem especialistas.

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Temperaturas extremamente quentes podem ser as culpadas pelo aumento mundial de casos de dengue neste ano, alertou um professor.

A infecção viral, espalhada por mosquitos, tem “assolado” o sudeste asiático, matando centenas de pessoas.

Só o Vietnã registrou 115.186 casos desde 20 julho, comparado a somente 29.000 para o mesmo período no ano passado, de acordo com números.

As Filipinas também estão vivenciando um surto excepcionalmente severo, levando autoridades da saúde a declará-lo emergência nacional. Houve 146.062 casos desde 20 de julho. Isso se compara a somente 69.000 no mesmo período em 2018.

A Dr. Rachel Lowe, da Escola de Londres de Higiene e Medicina Tropical, alertou que mosquitos se desenvolvem em climas quentes, com julho sendo o mais quente globalmente em registro.

Os sintomas da dengue incluem febre, dor de cabeça forte e dores atrás dos olhos.

Não há cura ou tratamento específico, com a maioria dos casos passando em cerca de uma semana, sem quaisquer complicações persistentes.

Pacientes idosos, ou aqueles com outras condições médicas, podem desenvolver dengue severa.

Isso pode levar à liberação de sangue na urina, falência de órgãos e dificuldades respiratórias – quando os pulmões não podem fornecer oxigênio suficiente aos órgãos vitais.

A pressão sanguínea do paciente também pode cair a níveis perigosos, causando até a morte.

Marcados em verde, os países que fazem parte do sudeste asiático (Wikimedia/Keepscases)

A dengue é “disseminada pelos trópicos” com “variações locais em risco influenciadas pela chuva e temperatura”, de acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS.

A Dr. Lowe disse à agência de notícias AFP que as “temperaturas extremamente quentes que temos observado neste ano” permitiram que o vírus fique mais forte.

O Aedes aegypti é o principal mosquito que espalha a dengue, juntamente com a febre amarela e a zika.

Ele se desenvolve em climas tropicais e se reproduz em locais onde há água parada.

A Tailândia declarou estado de emergência após relatar 43.200 casos de dengue desde 4 de agosto, mostram estatísticas do Centro Europeu para Controle e Prevenção de Desastres – ECDC, na sigla em inglês. Isso se compara a 28.100 para o mesmo período do ano passado.

Desde 20 de julho, o Camboja relatou cerca de 39.000 casos, comparados a 3.000 em 2018.

Laos, Malásia, Singapura e Taiwan também estão vivenciando altos números de casos de dengue.

E não é somente a Ásia que está sendo afetada. Desde 3 de agosto, mais de 2 milhões de casos suspeitos e confirmados estavam concentrados na “região das Américas”, de acordo com a Organização Pan- Americana de Saúde.

Isso é quase quatro vezes mais do que as 584.263 incidências em 2017 a 2018, de acordo com estatísticas da OMS. Brasil, Colômbia, Honduras e Nicarágua são os mais afetados, de acordo com o ECDC.

As infecções por dengue estão em alta desde os anos 1970 por causa da subida das temperaturas e temporadas irregulares de monções, as quais estão ligadas à mudança climáticas, divulgou o Yahoo.

A infecção também tende a ocorrer em cidades populosas, estimulando surtos em metrópoles como Rio de Janeiro e Hon Chi Mihn.

Viagens internacionais também permitiram que o vírus fosse transportado por todo o globo a novas populações vulneráveis.

Alguns especialistas até culpam os contêineres de plástico, piscinas e vasos de plantas por oferecer o local ideal para os mosquitos se reproduzirem.

Fonte: Daily Mail

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Mais de 1.400 mortes na França por causa da onda de calor

Publicado em 11 de setembro de 2019, em Notícias do Mundo

A onda de calor deste ano atingiu países além da França. A Organização Meteorológica Mundial está alertando sobre o impacto do aquecimento global.

Turistas na Promenade des Anglais na cidade de Nice, França (banco de imagens)

Autoridades da saúde da França dizem que uma onda de calor recorde em junho e julho levou à morte de mais de 1.400 pessoas no país.

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O ministério da saúde informou que cerca de 70 por cento daqueles que morreram tinham idade superior a 75 anos.

Um novo recorde nacional de temperatura foi estabelecido em junho, quando os termômetros marcaram 45,9ºC na região sul de Gard.

Em julho, a temperatura em Paris chegou a 42,6ºC, quebrando o recorde anterior de 40,4ºC estabelecido em 1947.

Autoridades francesas começaram a pedir à população que tomassem medidas contra o calor escaldante desde 2003, quando mais de 10.000 pessoas morreram devido à hipertermia e outras causas relacionadas ao clima quente.

Governos locais lançaram programas para enviar voluntários a casas de idosos e aconselhar as pessoas sobre como ficarem hidratadas.

A onda de calor deste ano atingiu países além da França. A Organização Meteorológica Mundial – OMM está alertando sobre o impacto do aquecimento global.

Segundo ela, a produção aumentada de gases de efeito estufa é a culpada pelo clima extremo.

Fonte: NHK

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