Mito ou verdade que local mais quente como Okinawa tem menos risco de contágio do Covid-19?

É verdade que 97% dos suspeitos de Okinawa tiveram resultado negativo no exame, porém, médico explica se o que está na boca do povo é mito ou verdade.

Praia de Araha na semana anterior, com máxima de 24ºC, tinha pessoas brincando (PM)

Até o fechamento do mês de fevereiro, em 29, foram constatados 3 casos de pessoas infectadas na província de Okinawa, com último paciente detectado no dia 20. Desde então, não se registrou mais nenhuma infecção, enquanto em todo país chega a 242, além dos passageiros e tripulação do Diamond Princess. 

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O Centro de Saúde de Okinawa realiza testes de vírus (PCR) todos os dias, das pessoas que tiveram contato mais próximos com as infectadas do navio de cruzeiro. Das 101 pessoas testadas até agora, 3 tiveram resultado positivo enquanto 98 – representam 97% – tiveram resultados negativos. 

“Okinawa é quente, então a atividade do vírus pode ser reduzida, por isso é difícil dar resultados positivos”, dizem os residentes e isso se espalhou boca a boca na província.

Certamente, o número de pacientes por província tende a ser maior nos locais frios como em Hokkaido, seguida de Tóquio, Aichi e Kanagawa, enquanto é baixo em em Kyushu e Okinawa.

Mito ou verdade

O chefe do Centro de Saúde Pública explica “as pessoas dizem que os lugares frios são altamente herméticos e facilmente infectáveis, mas realmente não sabemos”.

Continuou explicando que, por exemplo, nenhuma infecção foi confirmada na região de Tohoku até o dia 28. Mas em 29 teve o primeiro caso na cidade de Sendai, de um o passageiro que desembarcou do navio de cruzeiro Diamond Princess.

O médico Shuhei Yokoyama, do Departamento de Doenças Infecciosas do Hospital da Província de Chubu, também é cético em relação à essa teoria de que Okinawa é mais forte contra o novo coronavírus. “O número ainda é pequeno demais para dizer que a província é mais resistente ao Covid-19 por causa da temperatura mais elevada”, explicou.

Fonte: Okinawa Times

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Abe diz que governo criará fundo de ¥270 bilhões para combater propagação do coronavírus

Publicado em 2 de março de 2020, em Sociedade

Para atenuar as consequências da propagação do Covid-19 , Abe disse que seu governo criará um outro pacote de emergência ao usar fundos de reserva no valor de mais de ¥270 bilhões.

O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe (PM)

O primeiro-ministro Shinzo Abe disse no sábado (29) que seu governo criará um outro pacote de emergência ao usar fundos de reserva no valor de mais de ¥270 bilhões (US$2.5 bilhões) em cerca de 10 dias para ajudar a atenuar as consequências do novo coronavírus.

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“O Japão tomará todos os passos possíveis” para lidar com o impacto do vírus, disse Abe em uma coletiva de imprensa em Tóquio transmitida na televisão, a primeira desde o pedido abrupto feito por ele na semana passada para fechar todas as escolas a partir de 2 de março por cerca de 1 mês até as férias de primavera.

“A próxima semana, ou duas, será um momento crítico para o Japão e ver se entraremos em uma rápida fase de expansão de infecções ou se seremos capazes de levá-las em direção ao fim”, disse Abe enquanto pedia apoio do público para sua decisão sobre o fechamento de escolas em meio a temores de transmissões em grupo.

Como medidas de emergência, pais que precisam tirar folga para cuidar dos filhos até que a maioria das escolas comecem o novo acadêmico no início de abril receberão suporte financeiro, disse Abe.

O governo também oferecerá subsídios a pequenas e médias empresas afetadas pelo surto global que interrompeu redes de fornecimento e produção, e atingiu o turismo.

O pacote segue o existente que totaliza ¥15.3 bilhões.

O Japão tem mais de 900 casos confirmados de coronavírus, os quais incluem mais de 700 ligados ao Diamond Princess, um navio de cruzeiro que foi colocado em quarentena na cidade de Yokohama (Kanagawa). Especialistas médicos e oficiais do governo dizem que pequenos grupos de infecção, ou aglomerados, apareceram no país.

Com menos de 5 meses até as Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio, o Japão vem intensificando esforços para reduzir infecções pelo coronavírus e Abe reiterou que o país continuará a se preparar para jogos “seguros” para atletas e espectadores.

Abe disse que o desenvolvimento de kits de testes rápidos para detectar o vírus e que podem mostrar resultados em 15 minutos, comparados ao atuais que demoram de 2 a 3 horas, está em curso e devem ser colocados em uso neste mês.

Apesar da declaração de Abe de que 4 mil testes de vírus podem realizados por dia em todo o país, um crescente número de pessoas se queixou que seus pedidos para exame foram recusados.

O Japão já iniciou testes clínicos de três medicamentos, incluindo o anti-influenza Avigan desenvolvido por uma unidade da Fujifilm Holdings, para ver se eles são eficazes em tratar pessoas diagnosticadas com o coronavírus.

Após o pânico para comprar papel higiênico por preocupações que eles poderiam se esgotar, Abe pediu por calma, dizendo que “quase todo” o produto vendido no Japão é produzido no país e que há reservas suficientes.

O novo coronavírus que se originou na cidade chinesa de Wuhan em dezembro do ano passado se espalhou para inúmeros países e a Organização Mundial da Saúde – OMS elevou sua avaliação de risco para o mundo do Covid-19 ao seu nível mais alto.

Após mercados financeiros terem sido amedrontados pelo surto que aumentou os temores de recessão, Abe disse que o Japão vai monitorar de perto outros desenvolvimentos e tomará medidas econômicas e fiscais “necessárias e suficientes” para lidar com o impacto.

Fonte: Kyodo

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