O Japão está buscando suspender um estado de emergência para Tóquio e outras 4 províncias que ainda enfrentam restrições enquanto também considera um novo estímulo de ¥100 trilhões ($930 bilhões) para ajudar empresas a superarem a pandemia de coronavírus, divulgou o Nikkei nesta segunda-feira (25).
Restrições de distanciamento social foram removidas em grande parte do país no dia 14 de maio, visto que o número de novas infecções diminuiu, mas o governo havia mantido Tóquio e outras províncias sob monitoramento.
O governo buscará aprovação de principais conselheiros para a suspensão na segunda-feira. Se aprovada, o Japão não teria mais regiões sob estado de emergência, o qual foi aplicado pela primeira vez em 7 de abril.
A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, disse que a capital mudaria rapidamente para o “estágio 1” da suspensão das restrições se o governo encerrasse o estado de emergência.
Isso permitiria que bibliotecas e museus reabrissem, e restaurantes ficassem abertos até mais tarde. Estágios subsequentes teriam teatros, cinemas e feiras de diversões reabertos.
Enquanto a terceira maior economia do mundo escapou de um surto explosivo com cerca de 17 mil infecções e 825 mortes até agora, a epidemia entrou em recessão e afundou a popularidade do primeiro-ministro Shinzo Abe.
Uma pesquisa do jornal Asahi conduzida no último fim de semana mostrou a taxa de suporte para Abe a 29% – a mais baixa desde seu retorno ao poder em 2012- e desaprovação a 52%. Os resultados refletiram uma pesquisa do jornal Mainichi publicada no sábado (24).
Abe realizará uma coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, por volta das 18h, em que ele deve anunciar o plano de suspender o estado de emergência.
Para dar suporte a uma economia no caminho de sua queda mais profunda desde a história da pós-guerra, o governo está considerando um novo estímulo no valor de ¥100 trilhões, com a maior parte formada por ajuda financeira a empresas, divulgou o Nikkei.
O pacote, que será financiado por um segundo orçamento suplementar, seguiria um plano de gastos de ¥117 trilhões do mês passado.
O gasto combinado levaria o estímulo total em resposta à pandemia para cerca de 40% do PIB (Produto Interno Bruto) do Japão.
O novo pacote inclui ¥60 trilhões para expandir os programas de empréstimos que instituições financeiras estatais e privadas oferecem às firmas afetadas pelo coronavírus, divulgou o Nikkei.
Outros ¥27 trilhões seriam separados para outros auxílios, incluindo injeções de capital para empresas em dificuldades, disse o jornal.
O governo deve aprovar o orçamento, que também incluirá subsídios para ajudar empresas a pagarem aluguéis e salários, em uma reunião do Gabinete na quarta-feira (27).
A economia do Japão entrou em recessão no último trimestre, e analistas preveem uma outra contração de 22% no período de abril a junho.
Fonte: Agência Reuters