Um levantamento realizado por um grupo de pesquisa no Japão mostrou que um entre quatro pacientes de coronavírus sofreram sintomas considerados como efeitos posteriores 6 meses após o início ou diagnóstico. As mulheres estão sob maior risco do que os homens.
A pesquisa realizada pelo Centro Nacional para Saúde Global e Medicina e outros entrevistaram 457 pessoas que haviam se recuperado da Covid-19 desde fevereiro de 2020. A faixa etária foi entre 20 e 70 anos.
O grupo diz que 26,3% dessa pessoas tiveram sintomas como fadiga após passados 6 meses.
Cerca de 7,7% dos entrevistados reportaram problemas com o olfato, 6,6% fadiga e 3,9% falta de ar. O número foi 3,5 vezes para problemas com o paladar e 3,1% para queda de cabelo.
Um ano após o início ou diagnóstico, 8,8% ainda tinham alguns sintomas, com 3,1% se queixando de fadiga e 1,5% de falta de ar. A disfunção do olfato foi reportada em 1,1% e problemas com o paladar e perda de cabelo em 0,4% cada.
A pesquisa também mostrou que comparadas com os homens, as mulheres tiveram 1,9 vez o risco de ter problemas com o olfato. O número foi 1,6 vez para disfunção do paladar, duas vezes para fadiga e 3 vezes para perda de cabelo.
Os pesquisadores também descobriram que pessoas mais jovens, abaixo do peso, têm mais probabilidade de ter problemas com o olfato ou paladar. Eles dizem que esses indivíduos tendem a sofrer efeitos posteriores a longo termo mesmo se seus sintomas da Covid-19 foram leves.
Um dos pesquisadores que liderou o estudo, Shinichiro Morioka, disse que a vacinação é importante para os mais jovens também porque aqueles que foram inoculados com duas doses não sofreriam efeitos posteriores a longo termo.
Fonte: NHK