O primeiro-ministro Fumio Kishida enviou uma mensagem ao governo de Tonga e manifestou a iniciativa do Japão em fornecer suporte o tanto quanto possível.
Funcionários dos Serviços Geológicos de Tonga observando a massiva erupção (NHK)
O governo japonês está considerando dar suporte a Tonga após a massiva erupção de sábado (15) de um vulcão submarino na nação insular no Pacífico, disse o vice-chefe do gabinete, Seiji Kihara, na segunda-feira (17).
Publicidade
“Estamos nos comunicando estreitamente com o governo de Tonga e países relacionados e esperando oferecer uma resposta apropriada” à situação, disse Kihara em uma coletiva de imprensa.
No dia, o primeiro-ministro Fumio Kishida enviou uma mensagem ao governo de Tonga, dizendo que ele está extremamente aflito em relação à erupção e manifestou o ímpeto de seu país em fornecer suporte o tanto quanto possível.
Desde sábado, cerca de 40 japoneses estavam em Tonga, de acordo com Kihara. “No momento, não temos informação de que há japoneses que desejam retornar para casa temporariamente”, disse ele.
Um dos maus tratos em setembro de 2020 (Sindicato via Mainichi)
Um estagiário técnico vietnamita de 41 anos que trabalhava em uma empresa de construção na cidade de Okayama (província homônima), foi agredido repetidamente por vários funcionários japoneses. Chegou a sofrer um ferimento grave, com fratura de 3 costelas.
Publicidade
Na segunda-feira (17), ele deu uma coletiva de imprensa, quando declarou “aguentei porque não queria incomodar minha família e outros estagiários. Desejo que sejam mais compassivos com os estrangeiros”.
Ele entrou com uma ação judicial para que a empresa peça desculpas e também por uma indenização pelos maus tratos.
Maus-tratos começaram no mês seguinte ao se empregar
De acordo com o sindicato Fukuyama Union Tanpopo, de Fukuyama (Hiroshima), que o protegeu, ele veio ao Japão em outubro de 2019, deixando sua esposa e filha de 5 anos no Vietnã. Conseguiu uma vaga como estagiário técnico de tobi – aquele que trabalha em locais altos na construção civil – através de uma organização de Okayama, na cidade homônima.
No meio o vietnamita que deu coletiva de imprensa para explicar sobre as agressões (Mainichi)
A partir do mês seguinte, dezembro, começou a ser agredido pelos colegas japoneses, como levar chutes e apanhar, inclusive de vassoura.
Empresa ordenou a mentir
Em maio de 2020, quando desmontavam um andaime, um deles lançou um tubo de ferro no seu rosto. Teve dentes quebrados e levou 4 pontos nos lábios. Em novembro levou um chute no peito, do instrutor, e teve 3 costelas fraturadas. Nessa ocasião, a empresa o ordenou a dizer que caiu da escada.
O estagiário técnico enviou imagens gravadas para a organização que o apresentou para essa empresa, mas a resposta foi que não podia transferi-lo.
Então, conheceu um conterrâneo pelo Facebook, o qual lhe apresentou esse sindicato em Hiroshima. Depois de enviar as imagens, foi protegido em um abrigo.
Aguentou tudo por 2 anos
Nessa empresa havia outros 3 vietnamitas, os quais também sofriam de maus-tratos.
O trabalhador vietnamita relatou que saiu do país com uma dívida de 1 milhão de ienes para vir ao Japão. “Se deixasse essa empresa para procurar outra, não teria como enviar o sustento para minha família, então aguentei as agressões por 2 anos”, relatou.
Por outro lado, um representante da empresa declarou: “Como estamos em processo de negociação de acordo, gostaríamos de nos abster de comentar”.
Assista ao vídeo de algumas das agressões, com japoneses dando risada.