Pássaro uguisu na primavera (Flickr)
A segunda-feira (21) é data vermelha no calendário do Japão, por ser o Dia do Equinócio da Primavera.
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Mas nem todos os países estabelecem essa data – Dia do Ponto Vernal – um feriado nacional. Segundo a lei relativa aos feriados, é para que a população louve a natureza e cuide dos seres vivos.
Nesta data, o dia tem horário equivalente ao da noite e a temperatura começa a subir. Também se vê o verde brotando e as flores desabrochando por todo o país. Por isso, parece ser um ótimo dia para sair e contemplar a natureza!
Há um costume, desde a antiguidade, de além da apreciação da natureza e de todos os seres vivos, também reverenciar os entes queridos, os ancestrais. No budismo, pensa-se que o aquele mundo está no oeste e o atual está no leste, chamado de “higan”.
No dia do equinócio da primavera, o sol nasce no leste e se põe no oeste, na mesma proporção. Por isso, o ensinamento é de que este mundo (vida) e o outro mundo (morte) ficam mais próximos um do outro. Independente da filosofia budista, unir as mãos para agradecer pela existência dos seres queridos que já se foram faz bem.
Por que se come botamochi
No Japão há uma iguaria chamada botamochi, preparada com bolinho de arroz para mochi e coberta com anko, o doce do feijão azuki.
Desde a era Edo o povo tem o costume de saboreá-lo. O botamochi é um pouco maior do que o ohagi, quase a mesma coisa, o qual se come no outono. Essa é a diferença básica.
Botamochi no equinócio da primavera (Wikimedia)
De acordo com uma teoria, diz-se que a cor vermelha tem um efeito de amuleto para evitar desastres desde os tempos antigos. O feijão azuki vermelho tem sido usado para festivais em combinação com arroz, que simboliza uma boa colheita.
Na semana equinocial, o botamochi e o ohagi foram dedicados a dissipar as más coisas e confortar os espíritos de nossos ancestrais.
Portanto, se encontrar botamochi no supermercado pode comprar para se servir como faziam os nossos ancestrais.
Fontes: Yahoo!, Kanro e Domani