Zelensky: de comediante a presidente, ‘bravo líder de guerra’

Do papel de presidente na série ao da vida real, ele vem mostrando ao mundo a importância da comunicação e da coragem para resistir ao ataque russo.

Imagem do vídeo gravado em 24 de março para mensagem de resistência e pedido de paz (Zelenskiy / Official no Telegram)

Volodymyr Zelensky é o nome que mais aparece na mídia diariamente, de todo o mundo. É o sexto presidente da Ucrânia, eleito pelo povo, com 73% dos votos no segundo turno e iniciou seu gabinete em maio de 2019.

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Até chegar a chefe de Estado, começou atuando como comediante quando tinha 17 anos e prosseguiu também como ator. Atuou como presidente da Ucrânia na série The Servant of the People, que foi ao ar por 4 anos, até 2019, e era muito popular.

Não deixou de estudar, afinal, seus pais, judeus, têm carreiras acadêmicas. O pai é professor e cientista da universidade de Kiev, na área de cibernética e computação; enquanto sua mãe é engenheira. Zelensky é formado em direito pela Universidade de Kiev, hoje Universidade de Nacional de Kryvyi Rih, embora não tenha trabalhado na área jurídica.

Fala ucraniano, russo e inglês fluentemente, o que lhe permite conversar com vários líderes, inclusive Vladimir Putin, presidente do país vizinho, o qual iniciou uma verdadeira guerra na Ucrânia.

Corrupção, covid e guerra

No seu primeiro mandato teve que enfrentar a epidemia do novo coronavírus, com reflexos econômicos, e trabalhar fortemente contra a corrupção, conforme promessa de campanha. 

Também prometeu acabar com o conflito da Ucrânia com a Rússia, o qual remonta – na história mais recente – a 1997, quando esses dois países e Bielorrússia assinaram o chamado Grande Tratado. Assim, Moscou reconheceu as fronteiras, incluindo Crimeia, cujo povo é composto de etnia russa na maioria.

Mas, com Putin no poder, o curso da história começou a mudar de novo. E a partir daí, vieram os conflitos com a barragem, com a Revolução Laranja, querer tomar Crimeia de novo, guerra em Donbass e assim por diante.

Zelensky tentou dialogar com o presidente russo Vladimir Putin, mas as tensões foram aumentando desde 2021 e culminou nessa invasão em 24 de fevereiro.

Redes sociais e comunicação online

Zelensky tratou de acalmar a população usando habilmente as redes sociais, quando a invasão começou, enquanto buscou apoio na OTAN-Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar, da qual a Ucrânia não faz parte. 

Em 26 de fevereiro gravou um vídeo, de Kiev, pedindo à população para não acreditar nas notícias falsas (@ZelenskyyUa)

A invasão russa se tornou uma guerra, pois o exército de Putin começou a bombardear edifícios residenciais, escolas, hospitais e, consequentemente, matar civis. São mais de 3,6 milhões de ucranianos que deixaram o país, em busca de abrigo em locais seguros, especialmente na Polônia. Sem falar nas mortes e feridos.

Diariamente, mesmo sob tentativas de assassinato, por  3 vezes, Volodymyr Zelensky, grava mensagens de vídeo para falar com o seu povo, seja através do Facebook, Instagram, Twitter, Telegram ou YouTube. Não deixou o país como foi recomendado por outros presidentes. Vai ficar para sempre a frase usada quando declarou: “a luta é aqui [em Kiev]; eu preciso de munição, não de uma carona“. 

Também usa videoconferências para dialogar e pedir ajuda a outros chefes de Estado. 

Videoconferência com as pessoas que arrecadaram 35 milhões de dólares para ajudar os refugiados, através do Flexport e Airbnd.

Símbolo da resistência

Após o início da invasão, Zelensky declarou lei marcial em toda a Ucrânia e fez uma mobilização geral das forças armadas. Sua liderança durante a crise lhe rendeu ampla admiração internacional, e foi descrito como um símbolo da resistência ucraniana.

Tem em seu gabinete muitos ministros jovens como ele, todos hábeis em comunicação digital. Uma das armas ucranianas é a comunicação online. 

O historiador Andrew Roberts o comparou a Winston Churchill. A Harvard Political Review disse que Zelensky “aproveitou o poder das mídias sociais para se tornar o primeiro líder de guerra verdadeiramente online da história, ignorando os guardiões tradicionais enquanto usa a internet para alcançar as pessoas”. 

Post de mensagem de glória aos heróis e ao povo, cujo vídeo foi postado em todas as suas redes sociais.

Herói judeu

Outros comentam que é um herói global, como The Hill, Deutsche Welle, Der Spiegel e USA Today. O BBC News e The Guardian relataram que sua resposta à invasão recebeu elogios até mesmo de críticos anteriores.

Pela sua origem, Zelensky foi chamado pelo Times of Israel como o “defensor judeu da democracia ucraniana“. Gal Beckerman do The Atlantic descreveu Zelensky como tendo “dado ao mundo um herói judeu“.

O herói judeu já mandou vários recados para Putin: “Meu Deus, o que você quer? Deixe nossa terra. Se você não quer sair agora, sente-se comigo na mesa de negociações. Mas não a 30 metros de distância, como Macron e Scholz. Eu não mordo”.

A verdade é que Zelensky sabe se comunicar, tanto com seu povo como com os líderes de outros países e vem comovendo o mundo com suas falas. 

Vida privada e a primeira-dama

A vida do herói global não é só no gabinete, nas reuniões com os ministros, no front de guerra ou atrás das câmeras. Zelensky tem família, composta pela esposa Olena, com quem se casou em 2003, e dois filhos, uma de 18 e um de 9 anos. 

Olena Zelenska é frequentemente mencionada pelo marido, como quando ele falou online com o parlamento japonês, em 23 de março. Nessa ocasião disse que ela se inspirou no Japão para criar audiobooks para as crianças com deficiência visual. 

A primeira-dama tem apoiado as causas das Paralimpíadas, alimentação infantil e violência doméstica, destacou o Washington Post.

Zelenska, 44, cresceu na cidade ucraniana central de Kryvyi Rih, onde Zelensky também foi criado. O casal se conheceu na faculdade, onde ela estudou arquitetura e ele direito, mas o casal encontrou carreira na comédia, onde ela desenvolvia os roteiros.

Fontes: Washington Post, Britannica, DW e Wikipedia

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Companhias europeias planejam deixar Hong Kong por controles da covid-19

Publicado em 25 de março de 2022, em Ásia

Pesquisa mostra que apenas 17% não têm intenção de transferir operações para outros lugares.

Centro comercial de Causeway Bay em Hong Kong (banco de imagens)

Cerca da metade de companhias europeias em Hong Kong está buscando sair da cidade neste ano, pelo menos parcialmente, de acordo com uma nova pesquisa do governo sobre o impacto dos controles da pandemia.

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De acordo com a pesquisa, que foi realizada entre 18 de janeiro e 5 de fevereiro de 2022 com 260 afiliadas de câmaras nacionais sob o guarda-chuva da Câmara de Comércio Europeia (EuroCham) em Hong Kong, 25% das entrevistadas planejam sair completamente, 24% têm a intenção de partir parcialmente e outras 34% não têm certeza se ficarão. Apenas 17% indicaram que não têm intenção de transferir operações.

Para se alinhar com as próprias políticas da China, Hong Kong aderiu a um dos controles de viagem mais restritos do mundo, mesmo quando muitas nações na Ásia e em outros lugares estão abrindo suas fronteiras.

A posição tem sido dolorosa para companhias multinacionais que favoreceram há muito tempo Hong Kong como base regional devido a conexões convenientes e fácil movimentação de dinheiro, pessoas e produtos.

“A estratégia zero-covid em andamento veio a um custo muito alto para a comunidade de negócios de Hong Kong”, disse a EuroCham.

“As repostas de nossas companhias contribuintes descrevem um panorama angustiante, com metade das companhias em Hong Kong vivenciando alta rotatividade de funcionários e/ou planejando transferir suas operações para fora de Hong Kong”.

Hong Kong está lutando contra seu pior surto de coronavírus, agravado por baixas taxas de vacinação entre idosos.

Mais de 5,6 mil morreram desde janeiro em comparação a cerca de 200 durante os primeiros dois anos da pandemia.

Alguns especialistas da saúde acreditam que metade dos 7,4 milhões de residentes da cidade foram infectados nos últimos 3 meses.

Fonte: Asia Nikkei

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