Na terça-feira (2) a Agência Nacional de Gestão de Incêndios e Desastres do Ministério da Administração Interna e Comunicações anunciou que foram 6.307 casos de dificuldade no transporte de emergência das ambulâncias, na semana de 25 a 31 de julho, com aumento de mais de 5% em relação à semana anterior.
Isso significa que os pacientes de emergência não puderam ser transportados imediatamente para um hospital. Superou o número de casos na terceira semana de fevereiro deste ano – 6.064 – na sexta onda de infecção pelo coronavírus. Foi o maior número de todos os tempos.
Esse grau de dificuldade em encontrar um hospital é contado depois de 3 tentativas de busca na aceitação de um paciente de emergência. Desse total, estima-se que sejam 2.789 pacientes com suspeita de infecção pelo coronavírus, além de uma boa parte com insolação.
Drama de não encontrar hospital para internação
Grande parte dos hospitais com atendimento de emergência estão com pessoal reduzido pela licença para tratamento da covid ou sem leitos, como acontece em Okinawa.
Até terça-feira 6.415 pacientes com covid estão na fila de espera para internação, chamada de hospitalização em ajuste, em japonês. O total de pacientes em tratamento domiciliar chegou a 31.922.
Em Tóquio, os familiares de um paciente na faixa dos 80 anos, pediram a visita domiciliar de seu médico porque estava febril e com dificuldade respiratória. Feito o teste de antígeno testou positivo. O médico ligou para 100 hospitais os quais o recusaram e ele acabou morrendo horas depois em casa, enquanto esperava pela internação de emergência.
Falta de pessoal afeta toda a sociedade
Sem funcionários para preparar a merenda das crianças e professores de uma creche em Yokohama (Kanagawa), por causa da licença para tratamento da covid, a instituição está pedindo para uma casa de bentô fazer a entrega diariamente, desde segunda-feira (1.º).
Além disso, conta com a boa vontade de voluntários para ajudar a cuidar das crianças, por falta de professores. Mas, ela não pode fechar porque os pais não têm onde deixar seus filhos enquanto trabalham.
Outras instituições de ensino, como uma de reforço escolar, de Tóquio, com 80 alunos matriculados, também conta com a ajuda de voluntários, pois quase todos os professores testaram positivo. Gostaria de fechar temporariamente, mas não pode porque as crianças estão em férias escolares e necessitam do reforço.
Além disso, o Governo Metropolitano de Tóquio anunciou que reduzirá o número de ônibus em algumas rotas da Toei Bus a partir de quinta-feira (4). Ao meio-dia de terça-feira (2), 101 dos 2.467 motoristas testaram positivo ou são contatos próximos e estão de licença.
Sobe para 175 o número de agências dos Correios com as portas fechadas pela escassez de mão de obra, pelo tratamento da covid.
Sem nenhuma expectativa de quando ocorrerá o pico desta 7.ª onda de infecção, a situação está delicada no Japão, afetando toda a sociedade.
Fontes: Yomiuri, Ryukyu Shimpo, Asahi, JNN e NTV