Cada vez mais fabricantes estão transferindo suas produções de volta para o Japão como parte de medidas para revisar suas redes de fornecimento após interrupções devido à covid-19 e a guerra comercial entre EUA e China.
Algumas trouxeram suas produções de volta ao Japão para aproveitar a competitividade mais forte de exportações após a queda do iene para baixas de 32 anos contra o dólar.
A depreciação histórica da moeda japonesa pode se tornar um momento decisivo para fabricantes que haviam mudado suas produções do Japão para o exterior por um longo tempo.
A Iris Ohyama, uma fabricante de produtos o lar e eletrodomésticos sediada em Sendai, começou a mudar produção de cerca de 50 produtos plásticos da China para fábricas no Japão em setembro.
O aumento nos preços do petróleo bruto aumentou os custos de transporte de produtos para o Japão. “Podemos reduzir os custos em 20% em média ao transferir para produção doméstica”, disse um funcionário da Iris Ohyama.
A fabricante de roupas World Co. melhorou as capacidades de produção em fábricas na província de Okayama e em outros lugares, aumentando sua taxa de produção doméstica para vestimentas e outros itens em lojas de departamento de 40 para 90 por cento.
A companhia tomou ação em reposta a interrupções nas importações devido aos lockdowns da covid-19.
A JVC Kenwood Corp. vai transferir sua produção de sistemas de navegação de veículos da China e Indonésia para o Japão, aumentando a capacidade de produção em cinco vezes na planta em Ina (Nagano).
Ainda não está claro se as mudanças de transferência de produção para o Japão vão se espalhar para mais companhias porque há casos em que a produção de base em mercados de rápido crescimento no exterior é mais vantajosa.
“A menos que a depreciação do iene se estenda, companhias não farão investimento agressivos no Japão”, disse Hideo Kumano, economista no Dai-ichi Life Research Institute.
Fonte: Yomiuri