Hong Kong diz que distribuirá 500 mil passagens aéreas de graça, totalizando HK$ 2 bilhões (US$254 milhões), visto que o território tenta impulsionar sua indústria de turismo afetada pela covid-19.
A cidade removeu várias de suas regras relacionadas ao coronavírus nas últimas semanas.
Entretanto, principais companhias aéreas estão enfrentando dificuldades para terem seus cronogramas de voos de volta aos níveis pré-pandemia.
Na quarta-feira (5), a companhia aérea britânica Virgin Atlantic disse que suspenderá as operações em Hong Kong devido a questões ligadas à guerra na Ucrânia.
“A autoridade aeroportuária finalizará os arranjos junto às companhias aéreas. Assim que o governo anunciar que removerá as restrições da covid-19 para viajantes de entrada, lançaremos campanhas com propagandas para as passagens aéreas gratuitas”, disse Dane Cheng, diretor executivo do Conselho de Turismo de Hong Kong.
Cheng disse que as passagens gratuitas, que foram compradas para dar suporte às companhias aéreas de Hong Kong durante a pandemia, serão distribuídas no próximo ano para viajantes que entram e saem do país pela autoridade aeroportuária da cidade.
Até recentemente, Hong Kong tinha algumas das regras relacionadas ao coronavírus mais rigorosas do mundo, visto que ela seguia as políticas de zero Covid da China.
No mês passado, o governo de Hong Kong disse que não exigiria mais das pessoas que chegam à cidade fazerem quarentena em hotel ou apresentarem certificado com resultado de teste negativo para coronavírus antes de embarcar em voos com destino a Hong Kong.
Agora, nos três dias após chegar, os viajantes precisam se monitorar para possível infecção. A notícia espalhou uma corrida em busca de passagens aéreas de e para Hong Kong.
Pridence Lai, analista sênior na empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International, acredita que a oferta de passagens aéreas gratuitas ajudará a acelerar o processo de restabelecer a reputação de Hong Kong como um destino popular de viagem.
“Entretanto, isso é altamente dependente sobre quando turistas da China continental retornarão, visto que eles contribuem para mais da metade das chegadas de Hong Kong e recibos de viagem”, acrescentou Lai.
Fonte: BBC