Sobre a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) para prevenção do câncer do colo do útero, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão (MHLW) anunciou que a 9-valente (nonavalente) é mais eficaz do que as anteriores e deverá ser introduzida como uma vacinação regular a partir de abril do ano que vem.
Depois que a vacina contra o HPV se tornou uma inoculação de rotina em 2013, muitas pessoas reclamaram de dores no corpo e os pedidos ativos de vacinação foram interrompidos, mas o atendimento foi retomado em abril deste ano.
Atualmente, para as adolescentes do 6.º ano do primário ao 1.º ano ginasial, está disponível a vacina contra HPV bivalente, para prevenção da infecção de 2 tipos de vírus. Mas também está disponível a quadrivalente.
A nonavalente previne contra maior número de vírus
Na terça-feira (4), a subcomissão composta por especialistas do MHLW aprovou a política de inoculação de rotina com a vacina 9-valente contra o HPV, a qual tem maior efeito preventivo.
De acordo com o MHLW, essa vacina nonavalente pode prevenir 9 tipos de infecção pelos vírus e deve reduzir a taxa de câncer do colo do útero.
Além disso, em relação à frequência de notificações de reações adversas, o MHLW informou que em comparação com a vacina quadrivalente, sintomas como dor no local da injeção foram mais frequentes, mas sintomas sistêmicos como dor de cabeça foram os mesmos.
HPV: vírus que podem causar câncer
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), do Brasil, “Os HPV são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV, sendo que cerca de 40 tipos podem infectar o trato ano-genital”.
“Pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, apresentando maior risco ou probabilidade de provocar infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras. Dentre os HPV de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero”, explica.
É a única doença sexualmente transmissível (DST) que pode ser transmitida mesmo com o uso de preservativos. Por isso, a importância da vacinação, para que se feche a porta de entrada do vírus em qualquer região do corpo, tanto em pele quanto na mucosa.
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Fontes: NHK e INCA