Cerca de 30 alunos do segundo ano primário de uma escola da cidade de Chino (Nagano), tiveram uma experiência diferente, depois de terem aprendido em sala de aula sobre os insetos que podem resolver a escassez mundial de alimentos, por serem de alto valor nutricional.
Na quinta-feira (16) a cozinha estava repleta de convidados, pois seus pais também participaram, e os alunos colocaram a mão na massa.
Se assustaram um pouco com a cor do pó de grilo produzido por uma indústria local, mas se empenharam em fazer a massa do pancake, adicionando-a junto com outros ingredientes como o leite.
O aroma do pancake assando nas frigideiras foi estimulante para a degustação. “Tem gosto de pancake normal” ou “não sei dizer se tem grilo”, comentaram os alunos.
Aí compreenderam na prática o que ouviram sobre esse inseto: os grilos requerem menos comida do que bois e porcos para produzir a mesma quantidade de proteína.
“Depois dos grilos transformados em farinha não me importo em usar na comida”, pontuou uma das crianças.
Inseto como alimento no Brasil
Segundo uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em Minas Gerais, no Brasil, há 3 anos, “os resultados mostram que a farinha do grilo é composta de 63,1% de proteínas, sendo considerada uma boa fonte proteica, e de 26,51% de lipídeos. O valor médio de minerais presentes na farinha de grilo constatado foi de 4,36%, e o de quitina e carboidratos foi de 6,01%”.
“Observou-se, portanto, que a farinha do inseto grilo preto é um alimento com bom valor nutricional e com (elevado) valor proteico, embora de baixo valor biológico, podendo ser incorporada à alimentação humana e animal. Um dos maiores entraves para que ocorra a expansão da utilização de insetos na alimentação é o fato de que esses animais ainda não foram incluídos na legislação alimentícia de alguns países, como o Brasil”, segundo o relato da pesquisa.
Fontes: NHK e UFOP