O presidente chinês Xi Jinping chegou à Rússia na segunda-feira, 21 de março (NHK)
Vladimir Putin disse que discutirá o plano de 12 pontos de Xi Jinping para “resolver a crise grave na Ucrânia”, durante uma visita altamente antecipada a Moscou pelo presidente chinês.
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“Estamos sempre abertos a um processo de negociação”, disse Putin, enquanto os líderes chamaram um ao outro de “querido amigo”.
A China divulgou um plano no mês passado para acabar com a guerra, incluindo “cessar hostilidades” e retomar negociações de paz.
Mas na sexta-feira (17), os EUA alertaram que o plano de paz poderia ser uma “tática de atraso”.
“O mundo não deve ser enganado por qualquer ação tática pela Rússia, apoiada pela China ou qualquer outro país, para congelar a guerra em seus próprios termos”, disse o secretário de estado dos EUA Antony Blinken.
O plano da China não diz especificamente que a Rússia deve se retirar da Ucrânia, o que o país assolado pela guerra insiste ser uma pré-condição para quaisquer negociações.
Ao invés disso, o plano chinês falou sobre “respeitar a soberania de todos os países”, acrescentando que “todos os partidos devem se manter racionais e exercer contenção” e “abrandar gradualmente a situação”.
O medo em Kiev é de que o suporte da China para a Rússia, que atualmente é baseado em torno de tecnologia e comércio, pode se tornar militar.
“Se a China avançar para fornecer abertamente armas para a Rússia, isso efetivamente tomará parte no conflito no lado do agressor”, disse Oleksiy Danilov, secretário da Segurança Nacional da Ucrânia e Conselho da Defesa.
Estava nos interesses de Pequim estabilizar a relação com a Rússia, com a qual ela compartilha uma fronteira de 4,3 mil quilômetros, disse Yu Jie, pesquisadora sobre a China na Chatham House.
A Rússia é uma fonte de petróleo para a enorme economia de Pequim, e é vista como parceira em confrontar os EUA.
Fonte: BBC