A Represa Nova Kakhova foi destruída (Facebook/The New Voice of Ukraine)
Uma grande represa na região sul da Ucrânia ocupada pelos russos foi destruída na manhã desta terça-feira (6), levando a evacuações em massa e temores de devastação em grande escala enquanto o país acusou as forças de Moscou de cometer um ato de “ecocídio”.
Residentes que moram nas proximidades da Represa Nova Kakhova no Rio Dnipro em Kherson foram orientadas a “fazer tudo que puderem para salvar suas vidas”, de acordo com o chefe da administração da região militar de Kherson da Ucrânia, enquanto vídeos mostram um dilúvio fluindo de uma fissura na represa.
Dois vídeos publicados na mídia social e geolocalizados pelo site do CNN mostraram as laterais da represa destruída e torrentes de água fluindo para o rio. Várias construções na entrada da represa também foram extremamente destruídas.
A grande represa Nova Kakhova se estende pelo Rio Dnipro, uma grande hidrovia que passa pelo sudeste da Ucrânia e há muitas vilas e cidades em seu caminho, incluindo Kherson, que tinha aproximadamente 300 mil habitantes antes da invasão de Moscou.
O Comando Operacional Sul da Ucrânia confirmou nesta terça-feira a destruição da represa em um post em sua página oficial no Facebook, dizendo que estavam avaliando a escala dos danos e calculando áreas prováveis de inundação.
O presidente Volodymyr Zelenksy realizará uma reunião de emergência do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia.
“Isso é ecocídio”, disse Andir Yermak, chefe do Escritório do Presidente da Ucrânia, sobre a destruição da represa.
“Os russos serão responsabilizados pela possível privação de água potável para pessoas na região de Kherson e na Crimeia, a possível destruição de assentamentos e a biosfera”, disse Yermak.
A represa é uma parte de infraestrutura fundamental, mantendo 18 quilômetros cúbicos no Reservatório Kakhovka. Ela abastece água para grande parte da Ucrânia e península crimeia que foi anexada pela Rússia em 2014.
Ela também abastece água para a planta nuclear de Zaporizhzhia, que fica rio acima e também está sob controle russo.
Fonte: CNN
