A doença infecciosa chamada herpangina, causada pelo RSV (respiratory syncytial virus), ou traduzido como vírus sincicial respiratório, tomou uma proporção surpreendente. O vilão é o coxsackievirus, da família do enterovírus.
Os sintomas são parecidos com os da doença da mão, pé e boca, ou da gripe, como febre, dor de garganta, tosse e erupções na boca (parecidas com pequenas bolhas). Em geral, afeta as crianças pequenas. As vias de infecção são fecal-oral, incluindo por contato e por gotículas.
O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID) constatou que o número de pacientes, por instituição médica, para herpangina foi o mais elevado dos últimos 10 anos.
Há escassez de medicamentos, como antitussígenos (sedativos da tosse), nas clínicas de Tóquio, e o atendimento médico da pediatria está sob pressão, como listas de espera para cancelamentos nas clínicas.
18 províncias em nível de alerta para herpangina
De acordo com o NIID, 18.176 pacientes infantis foram diagnosticados com herpangina na semana encerrada em 25 de junho, em levantamento realizado em aproximadamente 3 mil instituições médicas pediátricas em todo o país. Portanto, a média é de 5,79 pacientes por instituição médica, a maior dos últimos 10 anos.
Constatou-se que 18 províncias ultrapassaram o nível de alerta, de 6 pacientes por instituição médica, como Miyagi, Kagoshima, Shizuoka, Mie e outras.
Prevenção inclusive em adultos
Segundo o NIID, não existem medidas preventivas específicas, mas evitar o contato próximo com pessoas infectadas e incentivar o gargarejo e a desinfecção das mãos durante a epidemia ajuda.
A maioria dos casos dessa doença tem sintomas considerados leves e, como na doença mão-pé-boca, a decisão de frequentar a escola deve ser tomada com base na condição do paciente, e não com o objetivo de prevenir a epidemia.
Segundo um médico entrevistado pela ANN, este ano se vê um aumento de adultos com herpangina, por isso, é preciso fazer o gargarejo e a desinfecção das mãos.
Com o sistema imunológico mais baixo, passado o efeito da vacina contra o coronavírus, o organismo está mais propenso ao contágio desse tipo de doença, explicou.
Fontes: NHK, ANN e NIID