O debate sobre o aumento do salário mínimo chegou a um beco sem saída. Espera-se que a taxa de aumento no ano fiscal de 2023 exceda 4%, em comparação com o anterior, e a média do salário mínimo por hora, provavelmente, exceda mil ienes pela primeira vez em cerca de 30 anos. A decisão deverá ser tomada na sexta-feira (28).
Embora a meta estabelecida pelo governo possa ser seja atingida, o nível fica aquém dos países desenvolvidos. Atualmente a média do Japão é de 961 ienes a hora e o primeiro-ministro Fumio Kishida pediu que alcançasse os mil ienes.
Até junho, as médias do salário mínimo de alguns países de primeiro mundo são (equivalência em ienes):
- ¥1.733 na Inglaterra
- ¥1.749 na Alemanha
- ¥1.679 na França
- ¥1.001 na Coreia do Sul
- ¥2.091 na Califórnia, nos Estados Unidos
Na Austrália, houve um aumento em julho, chegando ao equivalente a 2,2 mil ienes a hora. E na Coreia do Sul chegou a 1.080.
Há uma grande diferença entre os salários mínimos dos países desenvolvidos e do Japão. Por outro lado, a diferença entre eles e os países emergentes está diminuindo. Há uma grande preocupação de que o número de estrangeiros que desejam trabalhar no Japão diminua.
Salário mínimo de 1,5 mil ienes a hora
Alguns grupos civis estão pedindo um salário mínimo de 1,5 mil ienes por hora, pois é essencial que os trabalhadores ganhem o mínimo necessário para sua subsistência.
Um deles é o Aequitas, que lida com o problema da pobreza dos trabalhadores. Chegou a esse valor com base em uma pesquisa realizada pela Confederação dos Sindicatos (Zenroren).
Atualmente, somente Kanagawa e Tóquio têm estabelecido o salário mínimo de pouco mais de mil ienes.
Mas, há províncias de Kyushu e Okinawa que ainda têm como salário mínimo estabelecido, o valor de ¥853, bem inferior aos das províncias de Kanto, Tokai e Kansai. Veja a tabela em vigor até outubro deste ano.
Mesmo que o debate defina média nacional de mil ienes a hora, é preciso ver como as províncias vão ajustar esses valores. No Japão, os governadores de cada província definem o mínimo.
Fontes: Nikkei e NHK