O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse no sábado (9) que o líder russo Vladimir Putin não seria preso no Brasil se ele participar da reunião do G20 no Rio de Janeiro no ano que vem.
Entrevistado nos bastidores da reunião do G20 em Déli, na Índia, pelo programa Firstpost, Lula disse que Putin seria convidado para o evento do próximo ano, acrescentando que ele mesmo planejava participar de uma reunião de nações em desenvolvimento do bloco BRICS na Rússia antes da cúpula no Rio de Janeiro.
“Acredito que Putin pode ir facilmente ao Brasil”, disse Lula. “O que eu posso dizer a você é que se eu sou o presidente do Brasil, e ele vier ao Brasil, não há maneira de ele ser preso”.
O Tribunal Internacional de Crimes de Guerra (ICC) emitiu um mandado de prisão contra Putin em março, acusando-o de crime de guerra ao deportar ilegalmente centenas de crianças da Ucrânia. A Rússia negou que suas forças se engajaram em crimes, ou levaram criança ucranianas à força.
Putin evitou repetidamente reuniões internacionais e não estava presente na reunião do G20 em Déli, mas enviou o ministro de Relações Exteriores Sergei Lavrov.
O Brasil é um signatário do Estatuto de Roma que levou à fundação do ICC.
No sábado, nações do G20 adotaram uma declaração consensual a qual evitou condenar a Rússia pela guerra na Ucrânia, mas fez um pedido a todos os estados que não usem força para pegar território.
O G20 é formado por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia.
O grupo responde conjuntamente por cerca de 80% do PIB mundial e 75% do comércio internacional, além de dois terços da população e 60% do território do planeta.
Fonte: Arab News