Rússia se juntará com a China na proibição de importações de frutos do mar do Japão

O Japão começou a despejar a água radioativa tratada no oceano no mês passado, atraindo fortes críticas da China, a qual, em retaliação, impôs uma proibição total sobre todas as importações aquáticas do país.

Até agora neste ano, a Rússia importou 118 toneladas de frutos do mar do Japão (ilustrativa/banco de imagens)

A Rússia está considerando se juntar com a China na proibição de importações de frutos do mar do Japão após o país ter despejado água radioativa tratada da planta nuclear de Fukushima Daiichi no oceano e está buscando negociações com Tóquio sobre o assunto, disse uma reguladora russa na terça-feira (26).

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O Japão começou a despejar a água da planta nuclear no oceano no mês passado, atraindo fortes críticas da China. Em retaliação, a China impôs uma proibição total sobre todas as importações aquáticas do Japão.

O órgão fiscalizador de segurança alimentar da Rússia, o Rosselkhoznadzor, disse na terça-feira que havia discutido sobre exportações de comida japonesa com seus equivalentes chineses. A Rússia é um dos maiores fornecedores de produtos marinhos para a China e está buscando aumentar seu mercado no país.

Até agora neste ano, a Rússia importou 118 toneladas de frutos do mar do Japão, disse a reguladora.

O Rosselkhoznadzor disse que enviou uma carta ao Japão sobre a necessidade de negociações e solicitou informações até 16 de outubro sobre testes de radiação, incluindo de trítio, de produtos pesqueiros exportados.

O Japão diz que a água está segura após ser tratada para remover elementos mais radioativos com exceção do trítio, um radionuclídeo difícil de se separar da água. Ele é então diluído para níveis aceitos internacionalmente antes de ser despejado.

Tóquio diz que críticas da Rússia e da China não eram apoiadas por evidência científica.

Fonte: Yomiuri

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Cadê os tufões da segunda metade de setembro?

Publicado em 27 de setembro de 2023, em Tempo

Setembro é um mês de memórias de um dos piores tufões da história, devastador, que tirou a vida de 5.098 pessoas. Mas, também poderá ser um histórico pelo menor número de tufões.

Foto ilustrativa de tufão (PxHere)

Na terça-feira (26) foram realizados memoriais, tanto em Aichi quanto em Mie, pelas 5.098 pessoas que morreram, vítimas de um dos piores tufões, o Vera, chamado de Isewan em japonês, que assolou essas duas províncias, entre 26 e 27 de setembro de 1959.

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O Vera era grande, com 700 quilômetros de diâmetro e tinha 929hPa, extremamente forte, violento e destruidor, quando se aproximou das duas províncias, mas causou danos de Hokkaido a Shikoku pela sua amplitude e força.

Colapso de uma rodovia de Mie pela inundação causada pelo tufão Vera (arquivo da NHK)

Destruiu casas, pontes, causou inundações – ⅓ da cidade de Nagoia – e outros desastres. Pelo menos 1.851 pessoas desapareceram.

Por que setembro teve tão poucos tufões

Por outro lado, na segunda metade do mês deste ano não se formou nenhum tufão e é bem provável que setembro deverá ser fechado com 2 tufões, os de números 12 e 13, nas duas primeiras semanas, quando a média anual é de 5. Será um marco na história das estatísticas dos tufões, com o menor número desse fenômeno em setembro.

Casas destruídas em Nara, por causa do tufão Vera (NHK)

Os motivos dessa queda podem ser 2. Um deles é porque sistema de alta pressão do Pacífico que provocou o intenso calor do verão deste ano ainda continua bastante forte no sul do Japão nesta época do ano. E isso é incomum, pois já deveria ter enfraquecido. Por causa disso, o desenvolvimento de nuvens foi suprimido, especialmente no mar a leste das Filipinas e perto das Ilhas Marianas, áreas onde se costuma formar tufões que frequentemente afetam o Japão.

Outro fator que parece impedir a formação de tufões é que os ventos do leste sopram amplamente em áreas onde haveria formação deles, dificultando a ocorrência de redemoinhos que geram esses fenômenos.

Em outubro, a média costuma ser de 3,4 tufões e há que ficar atento, pois nos últimos anos se tornaram fortes ou extremamente fortes mesmo no outono.

Fontes: Tenki, NHK, JNN, Tokai TV e KRY 

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