O sonho de todo jogador de beisebol no Brasil é um dia ter oportunidade de pisar em um dos grandes campos do Japão. Muitos desses jogadores tiveram o prazer de ter perto deles um ídolo nascido no Brasil, que fez uma brilhante carreira no beisebol profissional japonês.
Na terça-feira (5), um dos maiores clubes, o Giants (巨人) informou que enviou os jogadores Hugo Kanabushi, brasileiro, atualmente no departamento internacional; Hidetoshi Tsuburaya, olheiro; e Satoshi Morita, da gerência, para o Brasil.
Foram realizados eventos de intercâmbio durante 5 dias, de 29 de novembro a 5 de dezembro, em comemoração aos 115 anos da imigração japonesa naquele país, através de uma parceria com a Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA).
Os eventos esportivos foram realizados nas cidades do Paraná e São Paulo, onde as comunidades nikkeis são grandes e na maioria delas se mantém a tradição de jogar beisebol.
O então jogador Hugo, saiu da sua cidade natal, Alto Paraná-PR, para estudar o colegial no Japão e se tornar um profissional do esporte. Durante seus anos como atleta profissional vestiu as camisas dos famosos times Yakult e Giants, além de ter sido selecionado para representar o WBC do país.
Os jogadores mirim do Brasil o receberam com entusiasmo, ansiosos para receberem instruções do ídolo e herói da cidade, para onde voltou depois de uma lacuna de 20 anos.
Em Londrina-PR, Hugo arrancou aplausos quando mostrou suas técnicas atuando como arremessador em uma partida local. Em outras cidades como Maringá-PR, Rolândia-PR e Mogi das Cruzes-SP, tanto Hugo quanto Tsuburaya encantaram os jogadores locais. Tsuburaya foi aplaudido quando bateu um home run.
O beisebol no Brasil foi originalmente utilizado como uma importante ferramenta para estabelecer laços entre os imigrantes das comunidades japonesas.
Sabe-se que os imigrantes japoneses foram fundamentais para a difusão do beisebol brasileiro, tanto que dentro de campo, as crianças se cumprimentam em japonês dizendo “yoroshiku onegaishimasu” antes e “arigato gozaimashita” após o jogo, demonstrando uma cultura de respeito aos adversários e aos árbitros.
Fonte: divulgação