Um tribunal australiano multou na segunda-feira (27) um professor em AU$55 mil (US$36 mil) por falhar em seu dever de cuidado pelo afogamento de dois estudantes japoneses em uma ilha turística popular no leste da Austrália em 2019.
Shinri Minatoya, de 61 anos, era um dos professores que acompanhava os dois adolescentes de 16 anos e outros 13 estudantes da Escola de Ensino Médio da Universidade de Kanagawa em um tour em grupo guiado no Lake McKenzie, um lago pitoresco em K’gari, antigamente conhecido como Fraser Island, em Queensland, em março de 2019.
O professor, que compareceu no Tribunal Distrital Hervey Bay em Queensland, confessou culpa à acusação de violar leis de trabalho relacionadas à saúde e segurança sobre o incidente que viu dois garotos desaparecerem enquanto nadavam no lago em 29 de março de 2019. Seus corpos foram encontrados no lago no dia seguinte.
“Em violação à função de saúde e segurança que você devia àqueles jovens, você permitiu que eles nadassem no lago e não os supervisionou adequadamente. Isso foi um risco óbvio e obviamente falha em sua função”, disse o magistrado do tribunal a Minatoya.
Ele também foi ordenado a pagar AU$1.599.7 em custos profissionais pelos processos.
Levando em consideração o possível impacto em seu emprego, dentre outros fatores, o tribunal não deu a ele uma condenação.
Em uma declaração lida em voz alta no tribunal, o professor, que tem mais de 30 anos de experiência na profissão, admitiu falhar em sua responsabilidade sobre os estudantes, e pediu desculpas às famílias enlutadas.
A Huckleberry Australia, uma empresa japonesa de tours com sede na Austrália que organizou a excursão para os estudantes, que pertencia à escola em Yokohama, foi condenada e multada em AUS$250 mil por falhar em cumprir com sua função de saúde e segurança sobre os estudantes em fevereiro de 2023.
O diretor da empresa, Hiroyuki Hidaka, também enfrentou acusações similares, mas a queixa foi descartada em 2022 após nenhuma evidência ter sido apresentada pela promotoria.
Fonte: Mainichi