De acordo com o estudo, o sobrenome mais comum no Japão atualmente é Sato, que conta por 1,5% da população (banco de imagens)
Um estudo mostrou que a menos que o Japão comece a permitir que casais casados tenham sobrenomes separados, todos os japoneses compartilharão o mesmo nome de família, Sato, em cerca de 500 anos.
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O número de sobrenomes no Japão está diminuindo todos os anos devido à lei específica do país a qual exige que casais casados compartilhem o mesmo sobrenome, de acordo com um estudo realizado por Hiroshi Yoshida, professor de Economia no Centro de Pesquisa para Envelhecimento da Economia e Sociedade da Universidade Tohoku.
Todos tendo o mesmo sobrenome “não será apenas inconveniente, mas também prejudicará a dignidade individual”, disse Yoshida. “Isso também levaria à perda da família e patrimônio regional associados a seus sobrenomes”.
Cerca de 500 mil casais se casam anualmente no Japão, com cerca de 95% de todas as noivas adotando os sobrenomes dos maridos.
De acordo com o estudo, o sobrenome mais comum no Japão atualmente é Sato, que conta por 1,5% da população.
O estudo, conduzido como parte de uma campanha para aumentar conscientização sobre a questão de nomes de casado, descobriu que a proporção de pessoas com o sobrenome Sato aumentou em 0,83% entre 2022 e 2023.
Se a atual regra de casais casados compartilhando o mesmo sobrenome persistir, e o número de pessoas chamadas Sato continuar a crescer nessa proporção, então, metade da população japonesa será Sato em 2446 e eventualmente 100% da população terá o sobrenome em 2531.
Se a opção de sobrenomes separados for introduzida, e supondo que 60% dos casais casados escolherem ter sobrenomes separados, o aumento em pessoas chamadas Sato reduzirá para 0.325% ao ano.
Nesse caso, a proporção de pessoas chamadas Sato alcançará apenas 7,96% em 2531 e a diversidade de sobrenomes será preservada, de acordo com o estudo.
Líderes de negócios também estão pedindo por mudanças no atual sistema, com os maiores lobbies de empresas apoiando a opção de sobrenomes separados para casais casados.
Eles argumentam que o sistema atual cria barreiras aos negócios.
Fonte: Asahi