Grandes hospitais na província de Ibaraki começarão a coletar uma taxa de pelo menos ¥7,7 mil (cerca de US$50) de pacientes para uso não urgente de ambulância.
O governo provincial anunciou em 26 de julho que visa introduzir o sistema de “taxa de tratamento seletiva” em dezembro para promover o uso apropriado de ambulâncias.
De acordo com o governo provincial, sistemas similares já estão em vigor em cidades incluindo Matsusaka (Mie), mas essa é a primeira vez que tal sistema será implementado a nível provincial.
O governo de Ibaraki trabalhará com grandes hospitais que possuem 200 leitos ou mais para pacientes em geral e outras partes para estabilizar diretrizes, e cada instituição determinará a urgência dos pedidos por ambulâncias.
Pelo menos 23 dos 25 hospitais de grande porte da província teriam indicado suas vontades de participar.
Em uma tentativa de evitar concentração de pacientes, grandes hospitais no Japão coletam taxas de tratamento seletivo daqueles sem carta de referência com base na Lei de Seguro Nacional de Saúde.
Ao mesmo tempo, muitos hospitais grandes não cobram pelo transporte por ambulâncias porque supõe-se que tais situações são “altamente urgentes”.
Das cerca de 130 mil chamadas de emergência na província de Ibaraki em 2022, cerca de 60 mil era casos leves que não precisavam de internação.
Por outro lado, o número de casos em que não se pôde encontrar hospitais para acomodar pacientes de emergência alcançou um número preliminar de 8.470 em 2023, representando um aumento de mais de 2,5 vezes nos últimos 5 anos.
A província espera que a revisão do sistema reduza a carga sobre cuidados médicos de emergência.
O governador Kazuhiko Oigawa explicou a razão para a revisão em uma coletiva de imprensa regular, citando chamadas por ambulâncias para casos leves como corte na ponta do dedo com faca de cozinha e sintomas de gripe que duraram 3 dias.
“É alarmante que ambulâncias estejam sendo usadas como táxis gratuitos”, disse ele.
Oigawa pediu a compreensão dos residentes sobre a nova medida, dizendo que ela estava sendo implementada “para que cuidados médicos de emergência possam ser fornecidos a quem realmente precisa”.
Fonte: Mainichi