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Foto ilustrativa de trabalhadores estrangeiros (PM)
Na sexta-feira (31), o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão (MHLW) informou sobre o relatório dos trabalhadores estrangeiros no país, até o fim de outubro de 2024, mostrando a renovação do recorde, com 2.3202.912 pessoas ativas.
Representa um aumento de 253.912 pessoas em relação ao ano anterior, e a taxa de aumento é a mesma do ano anterior, 12,4%. Esse recorde vem sendo renovado desde 2013.
O número de trabalhadores com status de residência de “habilidades específicas”, que permite trabalhar em áreas como assistência de enfermagem e construção, onde há uma grave escassez de mão de obra, ultrapassou 200 mil.
O número de empresas que empregam estrangeiros também foi recorde, aumentando 7,3%, para 342.087. Empresas com menos de 30 funcionários representam 62,4% do total.
Por tipo de visto de residência, o maior número é de ocupações profissionais ou técnicas, um aumento de 20,6% para 718.812, das quais 206.995 eram detentores de habilidades específicas, um aumento de 49,4%. O número de estagiários técnicos aumentou 14,1%, para 477.725 pessoas.
Trabalhadores estrangeiros por país de origem: brasileiros caem de posição
Os vindos de países asiáticos ocupam os primeiros lugares no ranking.
- Vietnamitas: 570.708 pessoas
- Chineses: 408.805
- Filipinos: 245.565
- Nepaleses: 187.657
- Indonésios: 169.539
- Brasileiros: 136.173 ou 6% do total
- Myanmar: 114.618
- Coreanos: 75.003
O total de trabalhadores peruanos é de 31.574.
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Bandeiras do Brasil e do Japão (PM)
Embora o número de trabalhadores brasileiros tenha sido ultrapassado pelos indonésios, caindo de posição, representa 6% dessa mão de obra estrangeira. Metade dos trabalhadores verde amarelos têm visto permanente e 37% têm visto de média duração.
Em relação aos trabalhadores peruanos, o aumento foi de 0,8%, igual ao dos brasileiros.
O número de trabalhadores do Myanmar, Indonésia e Sri Lanka teve um aumento expressivo. Foram os com os maiores índices, de 61% de birmaneses, 40% de indonésios e 34% de srilanqueses.
As províncias que mais empregam trabalhadores estrangeiros continuam sendo Tóquio, Osaka e Aichi.
Países rivais do Japão, atrativos para trabalhadores estrangeiros
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Bandeiras de Taiwan (esq.) e Coreia do Sul (PM)
Em relação ao fato de o número ter atingido um recorde apesar dos efeitos da moeda enfraquecida e de outros fatores, o MHLW destacou que “o país que os trabalhadores estrangeiros escolhem não é determinado apenas pelos salários ou sistemas”. Acredita que estrangeiros não deixarão de vir só porque o iene está fraco, mas devido à admiração que têm pela segurança e cultura do Japão.
Por outro lado, destacou que a Coreia do Sul e Taiwan são agora rivais como países de escolha para trabalhar, e que o apelo do Japão não durará para sempre, por isso é importante continuar a fazer melhorias no sistema, como aumentar os salários.
Fontes: divulgação e NHK