
Presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi se cumprimentam (Imagem: Yomiuri)
Durante o AI Action Summit, realizado em Paris no dia 11, líderes internacionais discutiram o uso e o desenvolvimento de inteligência artificial (IA).
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O encontro visou destacar a importância de métodos abertos para garantir a segurança no desenvolvimento de IA, culminando na adoção de uma declaração conjunta.
O presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi presidiram a cúpula que contou com a participação de cerca de 1.500 representantes de governos e setor privado de aproximadamente 100 países.
A declaração conjunta também abordou a necessidade de corrigir as disparidades entre países desenvolvidos e em desenvolvimento no âmbito da IA. Embora o Japão e 58 outras nações, juntamente com a União Europeia (UE), tenham assinado o documento, Estados Unidos e Reino Unido optaram por não participar. Esta foi a terceira edição do evento, que anteriormente era marcado por intensos debates regulatórios.
O vice-presidente dos Estados Unidos, ao discursar na reunião do dia 11, afirmou que “não veio para discutir a segurança da IA”, criticando que o excesso de regulamentação pode sufocar a indústria e expressou esperança de que a ideia de desregulamentação ganhe força.
Neste contexto, a União Europeia (UE) anunciou um aporte de 200 bilhões de euros (aproximadamente 31 trilhões de ienes) em pesquisa e desenvolvimento de IA. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou que não considera a Europa atrasada em relação a Estados Unidos e China na corrida tecnológica.
Enquanto isso, o Japão assinou o primeiro tratado internacional sobre IA, o “AI Framework Treaty”, que obriga os países signatários a adotar medidas para que a IA não comprometa direitos humanos e valores democráticos. O tratado, adotado em maio do ano passado pela Conselho da Europa, já foi assinado por Estados Unidos, Reino Unido, entre outros, e pela UE.
Paralelamente, a desconfiança a respeito da IA gerada pela empresa chinesa DeepSeek se espalha por vários países. No entanto, na Europa, algumas empresas estão integrando essas tecnologias devido ao desempenho e custo-benefício favorável. Um startup de Berlim, por exemplo, está empregando IA generativa para auxiliar empresas na análise de dados e elaboração de documentos.
Depois do lançamento de um novo modelo pela DeepSeek em janeiro, a startup rapidamente adotou essa tecnologia em seus serviços. Na Europa, a Itália iniciou uma investigação sobre as preocupações com a proteção de dados, e França e Irlanda exigem que a DeepSeek revele informações sobre o tratamento de dados pessoais.
Além disso, na Austrália, preocupações com segurança nacional levaram ao banimento das tecnologias da DeepSeek em sistemas governamentais, e Taiwan proibiu completamente seu uso em órgãos públicos. Nos Estados Unidos, no dia 6, um projeto de lei bipartidário foi introduzido no Congresso para proibir o uso da tecnologia da DeepSeek em dispositivos governamentais.
No Japão, em paralelo ao dia 6, o governo alertou suas agências quanto aos riscos associados ao uso da tecnologia, recomendando que elas busquem o aconselhamento de especialistas antes de tomar decisões sobre sua adoção.
Fonte: Yomiuri