Os internautas chineses pedem boicote à marca de confecção sueca Hennes & Mauritz ou H&M porque ela anunciou que não usará o algodão de Xinjiang, jogando a segunda maior varejista de roupas do mundo na controvérsia dos direitos humanos.
Depois do comunicado da H&M de estar “profundamente preocupada com relatos de organizações da sociedade civil e da mídia que incluem acusações de trabalho forçado e discriminação de minorias étnico-religiosas”, em relação aos uigures, a empresa vem sofrendo ataques.
A China, acusada de violar os direitos da minoria uigur, tomou medidas retaliatórias contra a gigante sueca da moda H&M, que no ano passado decidiu parar de usar o algodão de Xinjiang, província onde reside essa minoria.
Algumas mídias e internautas acusaram a H&M de “comer arroz chinês quebrando a tigela” e de “querer faturar na China depois de cortar o algodão de Xinjiang?”.
Por outro lado, a H&M informou que não compra o algodão diretamente, mas através de terceiros.
No entanto, na noite de quarta-feira (24), horário de Pequim, a H&M parecia que não estava mais disponível na plataforma de e-commerce Taobao do grupo Alibaba.
A Liga da Juventude Comunista, a organização governante do Partido Comunista para jovens, foi ao Weibo para criticar a H&M por “encontrar defeitos no algodão de Xinjiang” e informar o boicote.
As ações da H&M caíram 2,8% nas negociações da tarde em Estocolmo. A China foi responsável por 5,2% das vendas totais da empresa em 2020.
Fontes: NNN e Aljazeera