A vida corrida e cada vez mais exigente dos tempos atuais, tem trazido inúmeras consequências desfavoráveis a nós brasileiros, incluindo os que trabalham exaustivamente inúmeras horas no Japão. Nem sempre estamos preparados ou de acordo com as tantas transformações e exigências tidas como padrões da atualidade. Uma vez que nos encontramos aquém dessa máquina acelerada, controladora e até mesmo em algumas situações desumanas, nos deparamos com conflitos e consequentemente com um desarranjo na nossa saúde mental. Podemos aí estar sofrendo com o Transtorno de Ansiedade.
Os dados mais recentes da OMS estimam que existam cerca de 264 milhões de pessoas a sofrer de ansiedade em todo o mundo.
Lent (2010) apud Silva (2020, p. 08), afirma que o termo ansiedade é usado para se referir a um estado de tensão ou apreensão devido a uma expectativa. Essa manifestação é uma reação normal. Contudo, quando provoca sofrimento, passa a ser considerada patológica, pois chega a provocar distúrbios orgânicos.
Entendendo a ansiedade
A ansiedade estimula o indivíduo a entrar em ação, porém, em excesso, faz exatamente o contrário, o impede de agir. Pode atingir indivíduos de qualquer idade e sexo, inclusivamente crianças (ansiedade infantil).
Taquicardia, falta de ar, fadiga, sudorese, náuseas ou vômitos, zumbido nos ouvidos, vertigens ou tonturas, queda de cabelo, perda ou aumento de peso, alterações do ciclo menstrual, irritabilidade, caminhar de um lado para outro, preocupação excessiva/obsessiva, pensamentos intrusivos negativos, dificuldade de concentração, perturbações do sono, alteração de memória, vontade de chorar, preocupação com a opinião de terceiros, temor de socializar-se e desejo de passar despercebido, são alguns sintomas apresentados quando se está com Transtorno de Ansiedade.
Na visão psicanalítica a ansiedade vem como uma resposta do organismo a necessidade de levantar defesas psicológicas. Uma tentativa do ego de manter o sujeito afastado do perigo e também de evitar a dor. Perigo esse que pode ser da ordem do real ou neurótico (pode ou não existir).
Claro que é preciso conhecer a história do sujeito, entender o que está por trás de cada fala, cada comportamento, cada angústia. Todo sujeito tem sua história, seus traumas em maior ou menor grau, e embora os sintomas possam parecer comuns a tantas pessoas, o diagnóstico é subjetivo, particular e extremamente merecedor de atenção e respeito.
A psicologia vem junto ao paciente com um trabalho de autoconhecimento, onde a percepção sobre si e sobre o funcionamento do próprio corpo, colaboram no movimento do não adoecer, no entendimento da proposta de vida, na capacidade de reinvenção, no saber o que deseja e para onde se pretende ir.
Se você se identificou com esses sintomas e acredita estar sofrendo de ansiedade, saiba que você não precisa passar por isso sozinho. Em alguns casos a depender do grau de comprometimento, além da psicoterapia se faz necessário a ajuda medicamentosa.
Cuide de sua saúde
Aqui deixo algumas dicas que podem contribuir e auxiliá-lo(a) no controle da intensidade de sua ansiedade:
Organize a sua rotina. Faça uso das técnicas de respiração e de relaxamento. Pratique atividade física. Cuide da sua alimentação. Procure dormir bem. Alimente bons pensamentos e busque fazer coisas que te deem prazer de viver. Lembre-se sempre: quem melhor pode cuidar de você, é você mesmo!
Quem melhor pode cuidar de você, é você mesmo!
Nas próximas postagens daremos continuidade ao tema ansiedade, falando um pouco sobre os tipos mais comuns. Síndrome do Pânico, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), Fobia Social e Estresse Pós Traumático.
Boas Reflexões! Eliana A. C. I. Nonaka.
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Organização Mundial da Saúde – OMS. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID10: diretrizes diagnósticas e de tratamento para transtornos mentais em cuidados primários. Porto Alegre: Artes Médicas; 1998. OLIVEIRA, Karina Marques Ferreira de; SANTOS, José Wellington dos. TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA EM ADULTOS – UMA VISÃO PSICANALÍTICA. Revista Científica Eletrônica de Psicologia. 33ª Ed. Garça-SP: FAEF, v.33, n.01, p.33-46,2019. SILVA, Maria Bernadete Lima Maia. As contribuições da Psicanálise na Neurometria Funcional no controle da ansiedade. Revista Científica de Neurometria, Ano 4 – Número 6, 2020.
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