Suicídio: o grito da dor que precisa ser considerado e dialogado

Suicídio é um problema complexo e difícil de abordar, quase um tabu. Mas é importante entender e conversar para evitar perdas de vidas. Veja como pode ajudar a salva uma vida!

Jovem cabisbaixo (imagem ilustrativa)

Não é incomum escutarmos relatos de pacientes que sofrem com a ideias suicidas ou mesmo que conhecem quem também sofre ou conhecia alguém que por algum motivo se suicidou.

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Os brasileiros no Japão provavelmente acompanham os noticiários e muitas vezes se deparam com notas informando sobre mortes de jovens, homens ou mulheres, algumas vezes em grupos, de vidas que se perdem a todo o tempo por inúmeras situações chegando ao suicídio.

Mas afinal, por que não falamos abertamente sobre esse tema? Que dor é essa que acomete cada vez mais pessoas no mundo, onde o suicídio acaba sendo visto como a alternativa para o alívio e solução dos problemas?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é um fenômeno social presente ao longo da história da humanidade, sendo vinculado a uma série de fatores psicológicos, culturais, morais, socioambientais e econômicos.

Casos de suicídio no Japão e no Brasil

O Japão é um dos países de primeiro mundo que mais perde pessoas para o suicídio. Segundo Watanabe e Tanaka, 2022, houve um aumento considerável de suicídios no Japão após a segunda onda da covid-19, chamando a atenção para as mulheres, um aumento de mais de 20% comparado ao número do sexo oposto.

Koda e colaboradores apontam como principais causas associadas ao aumento da mortalidade de mulheres no Japão para o suicídio durante a pandemia, problemas de ordem financeira, o desemprego, o fechamento de escolas, o aumento das atividades domésticas, maior preocupação com a família, o aumento de conflitos familiares, uma possível piora das comorbidades como o alcoolismo, transtornos de humor e esquizofrenia.

No Brasil, segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), entre os anos de 2010 e 2019, apresentou-se um aumento considerável das taxas de mortalidade por suicídio, 43% no número anual de mortes.

Homens apresentam um risco 3,8 vezes maior para mortes por suicídio que mulheres. O mesmo período de análise também constatou um aumento de 29% de mortes por suicídio em mulheres e 26% em homens. Considerando também as faixas etárias, os dados confirmam um aumento significativo de mortes por suicídio em adolescentes e adultos jovens em todo país.

Bertolote e Fleischmann afirmam que a existência de um transtorno mental compõe a maioria dos casos, sendo encontrados até 90% dos casos de suicídio com associação a um diagnóstico de transtorno mental.

Outros fatores predisponentes incluem os indivíduos dependentes do álcool, os que perderam emprego ou possuem problemas financeiros e os com doenças crônicas.

Suicídio ainda é um tabu

Falar sobre suicídio é falar sobre a morte, sobre as nossas limitações, nossas vulnerabilidades, sobre a nossa condição humana. Morte e suicídio são tabus ainda dentro da nossa cultura brasileira e de muitas outras culturas.

“…não é a morte, mas o conhecimento da morte que cria problemas para os seres humanos”, segundo Elias.

A morte é o que há de mais certo nas nossas vidas, mas a grande maioria quer distância dela. Ela é uma verdade, acontece a todo tempo, em todo lugar. É noticiada, é vivida por tantos e será o desfecho para todos. Esse silêncio conspirado precisa dar espaço à clareza do tema. É falando sobre a morte que teremos mais propriedade para falar sobre a vida. E, é falando sobre vida que perceberemos ela em nós e consequentemente nas outras pessoas.

Maranhão nos diz que “a morte revela o caráter absurdo da existência humana, já que interrompe radical e violentamente todo o projeto existencial, toda a liberdade pessoal, todo o significado da vida“.  Savater afirma que “a certeza pessoal da morte nos humaniza, ou seja, nos transforma em verdadeiros humanos, em mortais“.

“Um homem é humano porque é mortal, e é saber que é mortal que o torna humano”, segundo cita Torres.

Diante da qualidade de humano se faz possível a humanização. Ter respeito e a compaixão pelo outro, pelo seu sofrimento, angústias, pela sua história, por suas marcas e por suas particularidades.

Perda da satisfação e alcoolismo são sintomas que algo não está bem (PM)

Identificando comportamentos suicidas

O suicídio é um problema de saúde mundial. Não é fraqueza e muito menos vergonha. A população vive em sofrimento, vive a urgência impregnada em quase tudo no nosso dia a dia. Vive a exigência da perfeição, impossivelmente alcançável. Vive a solidão em meio a tantas pessoas, seguidores, colaboradores e a incompreensão onde muitas vezes espera-se ser compreendida, acolhida e aceita como de fato se é.

O comportamento suicida possui três fases:

  • Pensar em suicídio
  • Tentativa de suicídio
  • Consumação do ato

Portanto, é preciso agir para evitar que o ato se concretize e abrir espaço para se falar sobre. É necessário tratar o tema sem o peso de ser um assunto tabu. É permitir-se falar de vida. Vida essa que também tem problemas, tem dificuldades, tem tropeços e espinhos, mas também tem solução, alternativas, alegrias e esperança. É poder se dar tempo e dar tempo ao outro, aceitar a si como se é e acolher o outro como ele é também.

Como identificar alguém que precisa de ajuda

Dicas que podem ajudá-lo a identificar alguém que esteja precisando de ajuda:

  • Atenção às mudanças de comportamento 
  • Analise as vulnerabilidades sociais e genéticas, ou demais situações que levem a pessoa a prejuízo da saúde mental
  • Atente-se às situações de isolamento, tristeza constante, problemas com a autoestima, dificuldade de relacionamento, crises de raiva, comportamento de risco, uso de drogas e aumento da ingestão de álcool
  • Agressão a si próprio, por exemplo automutilações
  • Aumento ou diminuição da alimentação ou do sono
  • Aumento da procura por sexo, em desequilíbrio e sem prazer
  • Anedonia (perda da satisfação e interesse em realizar atividades)
  • Desesperança

Comecemos a falar sobre suicídio, a aceitar que ele é real e acontece sim. Ele está mais próximo de nós do que imaginamos. Quando quebramos as barreiras e nos permitimos novas possibilidades, aumentamos a chance de ficarmos bem e de fazermos o bem ao outro.

Boas reflexões!

Eliana Nonaka

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Os textos publicados nesta página não refletem necessariamente a opinião do Portal Mie, são de criação e responsabilidade do autor Eliana A. C. I. Nonaka

Eliana A. C. I. Nonaka (CRP 06/170575) – Psicóloga formada pela Faculdade FMU Faculdades Metropolitanas Unidas.
Morou no Japão por 14 anos, hoje é atuante no Brasil, inclusive atendendo brasileiros de diversos países de forma online.

Informações pelo WhatsApp: +55-11-96437-6590 (clique para abrir o Whatsapp)

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Burger King Japan traz novo cheeseburger por tempo limitado

Publicado em 9 de setembro de 2022, em Lançamentos

A Diablo Immortal colabora com a Burger King Japan em novo cheeseburger.

Muito queijo e pimenta em novo cheeseburger (PR Times)

Em 6 de setembro, a Burger King anunciou que lançará um novo “Diablo Garlic Double Cheeseburger” em colaboração com a Diablo Immortal, um game popular codesenvolvido pela Activision Blizzard and NetEase.

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O Diablo Garlic Double Cheeseburger será vendido por três semanas, no período de 9 a 29 de setembro de 2022, e estará disponível em quantidades limitadas.

O cheeseburger combina as carnes 100% bovinas da Burger King, grelhadas sobre chamas abertas, com flocos apimentados e defumados e um molho especial picante, e então sobreposto com quatro fatias de queijo cheddar para um ponto especial de sabor de alho e queijo com um toque apimentado.

Os flocos temperados defumados e apimentados são feitos com pimentas tentaka chili e páprica defumada, com sabor adicional de alho para uma textura crocante.

O Diablo Garlic Double Cheeseburger custa ¥1.390 ou ¥1.690 em um combo com batatas fritas e bebida tamanho médio.

Fonte: Grape Japan

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