A busca pela felicidade e a necessidade de se sentir satisfeito é quase uma unanimidade entre nós seres humanos.
A felicidade é um estado de quem é feliz, provoca sensação de bem-estar e contentamento, que para cada pessoa é único, intransferível e pessoal. Cada um se sente feliz à sua maneira, seja com o trabalho, a compra da casa própria, o casamento ou separação, nascimento de um filho, uma viagem, apenas estar em casa, uma formação, sair com os amigos, passear no shopping, etc. Mas será que isso basta?
Na Grécia antiga, a felicidade já fazia parte das reflexões filosóficas. Aristóteles, um dos maiores filósofos da época, acreditava que a felicidade tinha relação com um estado de equilíbrio, possivelmente alcançado através da busca pela virtude e do desenvolvimento das habilidades e talentos individuais. Para ele não se tratava de algo passageiro, mas de um estado permanente que dependia das escolhas e da forma de viver adotada.
Porém, na visão psicanalítica de Sigmund Freud, o tema é de muita complexidade, sendo a felicidade um estado não permanente e sim algo alcançado de forma passageira.
Para ele, esse estado de sentimento estava vinculado à satisfação dos nossos instintos e desejos, mas essa satisfação nunca duraria para sempre. Freud acreditava que a busca constante pela felicidade muitas vezes pode ter como obstáculos questões inconscientes e alguns traumas da ordem emocional.
As pessoas muitas vezes depositam a responsabilidade da sua felicidade nas mãos de outras ou na conquista de algum objeto ou bem material e isso pode resultar em decepções e possíveis frustrações.
Somos seres desejantes e esse desejo muda a todo tempo, logo, sempre estaremos buscando por algo que nos realize e nos faça feliz.
A psicanálise e a filosofia compartilham a ideia de que a verdadeira busca pela felicidade deve ser interna, alcançada através do exercício do autoconhecimento e da busca pela realização pessoal. Uma vez adquirindo essas competências, ficamos mais fortalecidos e desresponsabilizamos o outro da tarefa de nos fazer feliz.
Embora haja na contemporaneidade uma obsessão pela felicidade, é preciso considerar a complexidade do tema, entender que não existe uma constante, somos seres mutáveis e dotados de outros sentimentos. Podemos sim viver a felicidade, mas dentro daquilo que é realidade e possivelmente alcançável.
A felicidade é um problema individual. Aqui nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.
Sigmund Freud
Boas reflexões
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