O Ministério da Economia, Comércio e Indústria revelou em 17 de julho o primeiro grupo de companhias japonesas que irá subsidiar para transferência de produção da China para o Sudeste Asiático ou Japão.
Oitenta e sete companhias ou grupos receberão um total de ¥70 bilhões ($653 milhões) para transferir linhas de produção, em uma tentativa de reduzir a dependência do Japão em seu grande vizinho e construir redes de fornecimento flexíveis.
Trinta dessas vão transferir a produção para países do Sudeste Asiático, incluindo a Hoya, que fabrica peças de disco rígido, e mudará para o Vietnã e Laos.
Os outros 57 projetos serão transferidos para o Japão.
A fabricante de artigos domésticos Iris Ohyama, atualmente, produz máscaras em plantas chinesas na cidade portuária de Dalian, na província de Liaoning, e em Suzhou, oeste de Xangai, com material não tecido e outros itens principais adquiridos de companhias chinesas.
Com a ajuda de subsídios, a companhia começará a produzir máscaras em sua fábrica de Kakuda, na província de Miyagi, no norte do Japão. Todo material será preparado localmente, independentemente de fornecimentos do exterior.
A fabricante de produtos de higiene Saraya, cujos artigos incluem antissépticos à base de álcool, também se qualifica para o subsídio.
Companhias elegíveis incluem fabricantes de peças de avião, autopeças, fertilizantes, medicamentos e produtos de papel, com a lista incorporando grandes nomes como Sharp, Shionogi, Terumo e Kaneka.
O governo separou ¥220 bilhões no orçamento suplementar do ano fiscal de 2020 para criar um programa de subsídio a fim de encorajar companhias a moverem suas fábricas para o Japão. Dessa quantia, ¥23,5 bilhões foi separado para promover a diversificação de locais de produção da China para o Sudeste Asiático.
No início do surto de coronavírus, o Japão vivenciou um desafio extremo em obter itens como máscaras, muitas das quais vinham da China.
Fonte: Asia Nikkei