Trágico incêndio em Osaka pode ter sido criminoso

A polícia está à procura de um suspeito, o qual pode estar entre os pacientes encaminhados para os hospitais.

Muita fumaça saindo do 4.º até o 8.º andar (telespectador do MBS)

De acordo com o corpo de bombeiros, 28 pessoas ficaram feridas em um incêndio que eclodiu em um prédio em Kita-ku  Sonezaki Shinchi, cidade de Osaka (província homônima), na manhã de sexta-feira (17).

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As vítimas são 17 do sexo masculino e 11 mulheres, sendo que 27 foram transportadas para o hospital já com parada cardiorrespiratória. Até as 14h30 a informação é de que 5 delas não resistiram

*Atualização* Até as 18h30 de sexta-feira foram confirmadas 24 mortes.

A polícia de Osaka abriu investigação como suspeita de incêndio criminoso, na clínica chamada 働く人の西梅田こころとからだのクリニック (Hataraku Hito no Nishi Umeda Kokoro to Karada no Clinic), nas especialidades de medicina interna e psiquiatria. Calcula-se que no horário do incêndio, por volta das 10h20, havia cerca de 20 pessoas lá dentro.

Homem com sacola de papel

De acordo com os investigadores, no momento do incêndio, havia um homem de cerca de 60 anos com uma sacola de papel no local. Testemunhas relataram que o incêndio começou por causa do líquido que escorreu dessa sacola.

A polícia está verificando se o homem está entre os feridos e instalou dispositivos de emergência nas proximidades onde teve a ocorrência, perto da estação JR Kitashinchi, onde há muitos prédios comerciais, com restaurantes, bares e clubes.  

Segundo incêndio trágico no Japão

A professora Ai Sekizawa, da Universidade de Ciências de Tóquio, familiarizada com o mecanismo dos incêndios, disse: “Foi um incêndio chocante. Já se passaram 20 anos desde a ocorrência em um prédio que matou 44 pessoas em Kabukicho, Shinjuku. Desde então não houve mais um com tantas vítimas fatais”. 

Mesmo depois de ter socorrido as vítimas, os bombeiros ainda estão no local para perícia (MBS)

A professora disse que não pode analisar esse caso de Osaka pois não tem detalhes do incêndio, mas se o prédio tem apenas uma escadaria de emergência existe a possibilidade de que as pessoas não tiveram como escapar de um local tomado por fogo e fumaça.  

Outros no passado

Esse incêndio a que se referiu a professora, ocorreu em 2001, o qual matou funcionários e clientes de um restaurante no prédio misto, comercial e residencial.

Em 2008, um estabelecimento com salas privadas para assistir vídeos, no primeiro andar de um edifício misto, pegou fogo. Foi em Naniwa-ku, cidade de Osaka, onde morreram 16 pessoas, incluindo clientes.  

Peritos para investigação urgente

A Agência de Gestão de Incêndios e Desastres, com sede em Tóquio, enviou 9 funcionários para investigar a causa, de forma ágil.

Fontes: NHK, ANN e MBS

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Supermercados na Europa retiram produtos ligados ao desmatamento no Brasil

Publicado em 17 de dezembro de 2021, em Notícias do Mundo

Muitas redes de supermercado europeias estão retirando produtos brasileiros, como carne bovina, ligados à destruição da floresta amazônica.

Um supermercado da rede Carrefour na Bélgica (banco de imagens)

Várias redes de supermercados europeias estão retirando produtos brasileiros, como carne bovina, ligados à destruição da floresta amazônica, disse o grupo ativista dos EUA, Mighty Earth, na quinta-feira (16).

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Redes como o Carrefour na Bélgica se comprometeram a retirar de suas prateleiras carne bovina em conserva, carne seca e cortes especiais os quais podem ser de gado criado na Amazônia e no Pantanal.

A ação ocorre após uma investigação do Mighty Earth em parceria com o Repórter Brasil, uma organização brasileira não governamental fundada por jornalistas, ter destacado ligações entre plantas de fabricação no estado de São Paulo de gigantes brasileiras da carne processada JBS, Marfrig e Minerva e desmatamento.

Ativistas criticam há muito tempo o impacto ambiental da indústria global de carne, culpando-a por cerca de dois terços da perda de biodiversidade mundial.

Eles também acusaram empresas de processamento de carnes de não concretizar promessas para acabar com o desmatamento em suas redes de fornecimento.

O Mighty Earth disse que outras redes incluindo a Albert Heijin na Holanda, a Lidl, Sainsbury’s e Princess no Reino Unido também estavam tomando iniciativas similares.

As medidas ocorrem quando a União Europeia introduz nova lei designada a combater o desmatamento. O diretor do Mighty Earth, Nico Muzi, disse em uma declaração que ele viu o “laço apertar” em torno dos pescoços daqueles envolvidos em desmatamento.

O Brasil tem se debatido para lidar com “lavagem de gado”, em que fazendas colocadas em lista negra por desmatamento vendem ilegalmente seus animais a fazendas “limpas” que então os comercializam a empresas de processamento de carnes.

O Instituto Nacional para Pesquisa Espacial do Brasil disse no mês passado que o desmatamento havia atingido uma alta de 15 anos em 2021.

A grande maioria da área desmatada é usada para criação de gado.

Fonte: Channel News Asia

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