Equipes de atendimento médico na central do Japão estão em alerta, visto que a “11ª onda” de infecções por coronavírus e o calor intenso de verão afetam simultaneamente o país, dificultando distinguir imediatamente entre sintomas de insolação e covid-19.
“Dias extremamente quentes”, quando os termômetros alcançam os 35ºC ou acima, têm sido registrados em várias áreas nas províncias centrais de Aichi e Gifu desde o fim de julho, e alertas de insolação têm sido emitido diariamente.
O Instituto de Pesquisa de Saúde Pública da Cidade de Nagoia solicitou que 23 instituições médicas em Nagoia investigassem tipos de pacientes infectados com coronavírus, e desde 25 de julho a cepa KP.3 já havia contado por cerca de 80% dos casos.
A KP.3 é caracterizada por uma habilidade maior de evadir imunidade e infecciosidade maior do que variantes convencionais.
Shinichiro Shibata, chefe do departamento de microbiologia do instituto de pesquisa, está perplexo, “O risco pode ser reduzido ao usar máscara e lavar as mãos. Entretanto, usar cobertura facial nesse clima incomumente quente pode levar à insolação, então temos que deixar a critério de cada indivíduo”.
Shibata aparentemente soube que algumas pessoas com suspeita de insolação foram a instituições médicas para tratamento, mas eventualmente foi constatada infecção por coronavírus.
Mesmo se insolação é suspeita, medidas de proteção contra o vírus não podem ser relaxadas. Todos os anos, julho vê o número mais alto de casos de transporte de emergência médica no Japão.
O chefe da divisão de emergência médica do departamento de bombeiros, Konosuke Ichihara, explicou: “É impossível dizer se a febre é causada por insolação ou coronavírus a menos que o paciente vá ao médico”.
“Equipes de emergência estão tratando todos os pacientes como pessoas potencialmente infectadas”, disse.
Fonte: Mainichi