Como o turismo aumenta no Japão, o uso de suas instalações médicas de alta classe para tratamentos e cirurgias também cresce. Mas nem todos os pacientes pagam suas contas.
O Hospital Internacional St. Luke no distrito de Chuo (Tóquio) recebe mais de 2 mil pacientes estrangeiros por ano, tanto turistas como residentes. Cerca de 30 deles fazem checkout e desaparecem sem pagar a conta.
Turistas estrangeiros no Japão devem pagar o custo total de tratamento médico se eles não possuírem um cartão de seguro de saúde japonês.
O St. Luke tenta fazer com que as pessoas paguem a conta enquanto estão no hospital, e não depois. Algumas se recusam.
Se a pessoa possuir um seguro internacional, o hospital então entra em contato com a seguradora estrangeira. Entretanto, algumas delas são difíceis de lidar e tipicamente discutem sobre o custo e tentam reduzi-lo, disseram autoridades.
Quando um paciente não tem seguro, eles pedem informações de onde moram. O hospital envia a conta para o endereço, mas ela raramente é paga.
Não há previsão para hospitais recuperarem prejuízos de contas médicas não pagas por visitantes do exterior. A maioria dos custos é bancada pela própria instituição.
Uma pesquisa realizada pela Agência de Turismo do Japão em outubro de 2023 e fevereiro deste ano mostrou que cerca de 30% dos visitantes não fazem um seguro de saúde quando vêm ao arquipélago.
A nível nacional, hospitais e clínicas estão contando os custos. No ano fiscal de 2022, o Ministério da Saúde perguntou a instituições médicas se elas haviam enfrentado problemas do tipo.
Cerca de 30% das entrevistadas relataram contas não pagas por pacientes estrangeiros, embora a categoria possa incluir residentes estrangeiros assim como turistas.
No total, cerca de ¥880 milhões (US$5.63 milhões) eram devidos por estrangeiros, uma quantia significante, embora apenas 1.4% do total quando inadimplentes japoneses são incluídos.
Em maio de 2021, o governo começou a endereçar o problema ao verificar os nomes de visitantes que entram no Japão comparando a uma lista de inadimplentes com dívidas de ¥200 mil ou mais.
O Ministério da Saúde coleta dados de instituições médicas e compartilha as informações com a Agência de Serviços de Imigração.
Autoridades do ministério disseram que, até agora, 27 instituições médicas forneceram dados sobre 52 estrangeiros, os quais devem uma quantia coletiva de ¥89 milhões.
Fonte: Asahi