
Shigeru Ishiba (ANN)
A aprovação pública do primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, despencou, segundo pesquisas realizadas pelos 3 jornais do país. Além disso, os parlamentares não param com as críticas e questionamentos.
O valor abaixo de 30% no índice de aprovação é considerado “águas perigosas” no linguajar político japonês.
A oposição, que é maioria no congresso, vem pressionando a questão da proibição de doações corporativas e organizacionais, usadas pelo Partido Liberal Democrático (PLD), como principais fontes de financiamento.
O que não estava bom, piorou
Os 3 jornais que realizaram pesquisa de opinião pública no fim de semana (15 e 16), obtiveram resultados parecidos em relação ao apoio e desaprovação a Shigeru Ishiba.
- Asahi: 26% aprovam, com queda de 14 pontos
- Mainichi: 23% de aprovação, menos 7 pontos
- Yomiuri: 31%, com queda de 8 pontos
Em relação à desaprovação, os resultados também foram parecidos, com aumento, piorando a situação.
- Asahi: 59%, aumento de 15 pontos
- Mainichi: 64%, aumento de 10 pontos
- Yomiuri: 58%, aumento de 15 pontos
Além disso, mais de 70% das pessoas em geral acham que a questão do vale-presente de Shigeru Ishiba é um problema.
- Asahi: 75%
- Mainichi: 78%
- Yomiuri: 75%
Aprovação em queda é preocupante
Como a queda violenta de aprovação, que pode ser traduzida como popularidade do primeiro-ministro, não faltaram críticas mesmo dentro do próprio partido, o PLD, na segunda-feira (17).
“(Os parlamentares do PLD) estavam cientes da dureza da opinião pública. Com a eleição se aproximando na Câmara dos Conselheiros, a atmosfera também estava extremamente tensa”, avaliou Satoshi Sakamoto, Presidente do Comitê de Assuntos Nacionais.
“A questão do vale-presente é completamente inaceitável para o público. Acho que esse ressentimento se reflete nos números”, lamentou o secretário-geral do partido Komeito, Makoto Nishida. O Komeito veio apoiando o PLD mas desta vez, está vendo o caso do vale-presente de 100 mil ienes com imparcialidade partidária.
Mas, anteriormente, Ishiba disse que não renunciaria. Depois desses números não se manifestou.
Fonte: ANN