Hanko/Inkan: parte notável na vida no Japão

Entenda sobre os carimbos (hanko) no Japão, os principais tipos e o uso correto.

(Imagem: Nippon)

Os estrangeiros quando chegam ao Japão pela primeira vez, têm que se acostumar com as diferenças culturais, e um ponto que muitos estranham são os carimbos pessoais.

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Carimbos pequenos, circulares ou quadrados imersos em tinta vermelha são usados ao invés de uma assinatura em vários tipos de documentos no Japão, variando desde simples folhas de entrega a documentos oficiais, como formulário para abertura de uma conta bancária e registros de casamento.

Regularmente, os japoneses validam documentos no dia a dia, assim como formulários oficiais, com o hanko. Esses carimbos, que têm o mesmo peso de uma assinatura em outros países, têm o nome da pessoa ou da organização gravado neles. Geralmente com formatos redondos ou quadrados, eles são molhados em almofadas de tinta vermelha chamadas de shuniku e pressionados em documentos para deixar marcas conhecidas como *inkan (* falando precisamente, o inkan é a marca deixada de uma impressão, mas no dia a dia japonês, a palavra inkan é frequentemente usada como um sinônimo para hanko, de acordo com o site Nippon).

No Japão, governos e grupos influentes, como templos, dependeram de carimbos desde os tempos antigos, mas foi até uma lei ter sido aprovada no início da era Meiji (1868-1912) a qual estabeleceu um sistema nacional para registro e certificação em que carimbos pessoais se tornaram amplamente usados em toda a sociedade. Nos tempos modernos, assinaturas estão se tornando mais comumente aceitas, contudo, muitos tipos de formulários oficiais ainda exigem um natsuin (carimbo afixado).

Carimbos diferentes para ocasiões diferentes

Comumente, as pessoas têm 3 tipos de hanko: um registrado oficialmente (jitsuin), um para transações bancárias padrão (ginkoin), e um para uso no dia a dia (mitomein).

Dentre esses, o jitsuin carrega a maior autoridade legal e é exigido para certos negócios, como compra de imóveis ou veículos, transferência de títulos ou propriedade ou tomar um empréstimo. Qualquer pessoa maior de 15 anos, incluindo cidadãos estrangeiros residindo legalmente no Japão, pode registrar oficialmente um carimbo junto à prefeitura da cidade que reside. Ao fazer o registro, autoridades locais emitem ao portador um cartão de inkan que pode ser usado para imprimir um certificado que prova a posse do carimbo, ajudando a prevenir fraudes.

Afixar um carimbo pessoal é o método preferido para autorizar documentos (Imagem: Nippon)

Frequentemente, bancos exigem que os clientes registrem um ginkoin ao abrir uma conta. Enquanto esses carimbos específicos para contas se mantenham como norma, muitos institutos online e com sede no exterior também aceitam assinaturas, e algumas das principais financiadoras do Japão estão usando sistemas biométricos.

O mitomein serve para transações comuns como preenchimento de formulários em prefeituras e recebimento de encomendas do serviço de entrega e dos correios. Ao contrário de mais variedades oficiais, que são geralmente feitas sob encomenda, esses hanko usados no dia a dia estão amplamente disponíveis em papelarias e lojas de ¥100.

Residentes estrangeiros no Japão podem escolher entre gravar seu nome em alfabeto romano ou katakana. Há várias lojas que até reproduzem a pronúncia de nomes estrangeiros usando kanji.

É comum “bater o inkan” em faturas ao receber pacotes de encomendas (Imagem: Nippon)

Uma seleção de carimbos

Uma tendência é presentear as pessoas, em ocasiões como aniversários e casamentos, com carimbos decorados. Carimbos decorados com strass ou feitos com verniz e papel washi para saturar o sentimento japonês tradicional são populares, particularmente entre as mulheres. A decoração também se estende aos porta-carimbos (pequenos estojos para carregá-los), com os usuários mais jovens aficionados por personagens bem conhecidos combinando temas tanto para o estojo como para o hanko. Carimbos esculpidos de chifre de búfalo de água são geralmente a preferência dos homens pela sua aparência vibrante.

Carimbos com design colorido

Pessoas que precisam de um carimbo ou querem fazer um hanko comemorativo como um souvenir podem usar máquinas automáticas localizadas em lojas selecionadas da Tokyu Hands para produzir um carimbo personalizado em 30 minutos por cerca de ¥1.000. Lojas da popular rede de desconto Don Quijote oferecem máquinas similares que permitem aos clientes escolherem o material para o seu hanko – os preços variam entre ¥500 a ¥5.000 – produzindo um carimbo em 5 a 10 minutos.

Máquina automática para fazer hanko no Don Quijote (Imagem: Wikimedia)

A loja de artigos de papelaria Ginza Itoya lançou um serviço de hanko para turistas há alguns anos que reproduz nomes estrangeiros em kanjis foneticamente equivalentes. Pelo preço que varia entre ¥1.500 a ¥4.200, os clientes podem usar até 4 caracteres em seus carimbos, e a loja vai fornecer significados. Certos tipos de carimbos também vêm com um estojo para carregar.

O canto do hanko na loja Ginza Itoya (Imagem: Nippon)

Com várias maneiras de usar e apreciar os carimbos, é fácil ver o porquê eles continuam sendo um parte notável na vida no Japão.

Fonte e imagens: Nippon

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Indústrias de moyashi passam por apuros nas vendas

Publicado em 20 de março de 2017, em Sociedade

Os esforços para reduzir os custos já estão no limite e não é mais possível realizar uma administração saudável. Saiba mais.

A Associação de Produtores de Moyashi, formada por produtores dos brotos germinados, publicou uma nota dizendo que “os esforços com redução de custos ultrapassaram o limite e não é possível realizar uma administração saudável” devido à queda no custo de venda e ao aumento dos custos com pessoal e do preço da matéria-prima. Como também há supermercados que vendem o produto com o preço inferior ao de entrega, a associação falou que “deseja que os consumidores entendam os apuros da indústria e que os supermercados vendam pelo preço correto”.

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O feijão-mungo ou feijão-da-china, matéria-prima do moyashi, devido à problemas como tempo ruim e outros, o preço de importação dos moyashi cultivados na China aumentou em 3 vezes em relação ao ano de 2005 (preços obtidos em janeiro deste ano). Além disso, devido à má taxa de extração e problemas no cultivo e à baixa taxa de germinação de sementes, as despesas com pessoal aumentaram e a gestão está passando por apuros. A queda do preço de vendas também é grave.

Em 2009, havia mais de 230 empresas de fabricação e produtores em todo o país. Dentre eles, mais de 100 empresas saíram do ramo e, atualmente, há menos de 130. O presidente da associação, Shoji Hayashi falou: “Desejo que parem de competir pelo preço mais barato, e vendam um pacote por ¥40 ao menos” para os varejistas.

Fonte: The Japan Agricultural News

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