Na imagem à esquerda, Claudia Patatas e Adam Thomas com a bandeira nazista e na imagem à direita Thomas usando um capuz da Ku Klux Kan e segurando o filho (West Midlands Police via CNN)
Um casal neonazista na Inglaterra que batizou o filho em homenagem a Adolf Hitler e tornou a casa onde moravam em um “santuário para racismo extremo” foi preso por participar de um grupo terrorista.
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Adam Thomas foi fotografado com seu filho nos braços usando um capuz da Ku Klux Kan – organização terrorista formada por supremacistas brancos que surgiu nos EUA. Sua parceira, Claudia Patatas, acreditava que “todos os judeus devem morrer”, ouviu um julgamento no Tribunal da Coroa de Birmingham.
O casal tinha uma longa história de crenças racistas violentas, disse o juiz Melbourne Inman QC, e ambos afirmaram que “estavam dispostos a assassinar uma criança de raça mista” para promover sua agenda neonazista.
Thomas, de 22 anos, e Patatas, de 38, choraram e seguram as mãos um do outro no banco dos réus enquanto eram condenados a seis anos e meio e cinco anos respectivamente. O casal de Banbury, em Oxfordshire, foi na semana passada considerado culpado por pertencer à National Action, organização da extrema-direita que foi banida em 2016.
O amigo do casal, Darren Fletcher, que entrou para a National Action antes do julgamento, foi condenado a cinco anos de prisão pelo mesmo crime. Ao todo, seis pessoas foram condenadas na terça-feira (18) por serem membros do grupo, o qual o juiz descreveu ter metas abomináveis.
“Seus objetivos são a derrota da democracia neste país com violência e assassinato, e a imposição de estado neonazista que erradicaria porções inteiras da sociedade com tal violência e assassinato em massa”, disse ele
Durante o julgamento, o tribunal ouviu que Fletcher, de 28 anos, de Wolverhampton, havia ensinado sua filha a fazer a saudação nazista e enviou uma mensagem a Patatas dizendo: “Finalmente consegui ela fazer isso”.
O júri soube que Thomas e Patatas deram o nome do meio de “Adolf” ao filho, o qual Thomas diz ser em “admiração” a Hitler, e o casal tinha almofadas com imagens de suásticas na casa onde moravam.
Em uma conversa com outro membro da National Action, Patatas disse que “todos os judeus deveriam morrer”, enquanto Thomas havia dito uma vez a sua parceira que ele achava que “todos os não brancos são intoleráveis”.
Thomas, ex-guarda de segurança da Amazon e que por duas vezes não conseguiu entrar para o exército, também foi condenado por ter um manual terrorista – uma cópia de um guia para fabricar bombas conhecido como Anarchist Cookbook.
Patatas, uma fotógrafa de casamentos que nasceu em Portugal, também havia dito que queria “trazer de volta os campos de concentração”.
Fonte: The Guardian