Com mais de 9 mil casos na capital japonesa, cujos números de pessoas que testam positivo diariamente passam de 100, o professor da Universidade de Tóquio, do Centro de Pesquisa em Ciência e Tecnologia Avançada, Tatsuhiko Kodama, fez um apelo na Dieta na sexta-feira (17).
Para os conselheiros da câmara legislativa explicou que se medidas urgentes não forem tomadas Tóquio vai ficar em situação complicada em relação ao novo coronavírus, temendo se tornar o epicentro do país.
Na sexta-feira foram 293 novos casos, no sábado 290 e no domingo 188. Eles demonstram pico de uma segunda onda. Diante disso a governadora Yuriko Koike pretende aumentar dos atuais 6,5 mil testes PCR diários para 10 mil.
O que esses resultados mostram é que o percentual de testados positivos na região metropolitana chega a 6,3%, enquanto especificamente em Shinjuku o índice sobe para 32,9%. Shinjuku é uma área cheia de casas noturnas e restaurantes. Nos clubes noturnos já foram detectados clusters de infecção.
A esse índice incomum acrescenta-se a mutação do vírus, o que já está ocorrendo também no Japão, aponta o professor Kodama. Já foram detectados novos tipos, apelidados de coronavírus do tipo Tóquio, Saitama e outros.
Ele aponta que Shinjuku pode se tornar o epicentro, o qual disseminará o vírus para todo o país. Se não for tomada uma medida de controle, a situação ficará grave. Embora muitos dessa área sejam assintomáticos, o quadro poderá mudar para avanço à doença grave.
Segundo o professor o que precisa ser feito o mais rápido possível é aumentar o número de testes PCR. Sugere que os testes sejam aplicados gratuitamente, para qualquer pessoa em inúmeros locais da área, disponíveis para pelo menos 200 mil pessoas. Com a detecção precoce se pode evitar a formação de clusters.
Fonte: JNN