Cerca da metade de companhias europeias em Hong Kong está buscando sair da cidade neste ano, pelo menos parcialmente, de acordo com uma nova pesquisa do governo sobre o impacto dos controles da pandemia.
De acordo com a pesquisa, que foi realizada entre 18 de janeiro e 5 de fevereiro de 2022 com 260 afiliadas de câmaras nacionais sob o guarda-chuva da Câmara de Comércio Europeia (EuroCham) em Hong Kong, 25% das entrevistadas planejam sair completamente, 24% têm a intenção de partir parcialmente e outras 34% não têm certeza se ficarão. Apenas 17% indicaram que não têm intenção de transferir operações.
Para se alinhar com as próprias políticas da China, Hong Kong aderiu a um dos controles de viagem mais restritos do mundo, mesmo quando muitas nações na Ásia e em outros lugares estão abrindo suas fronteiras.
A posição tem sido dolorosa para companhias multinacionais que favoreceram há muito tempo Hong Kong como base regional devido a conexões convenientes e fácil movimentação de dinheiro, pessoas e produtos.
“A estratégia zero-covid em andamento veio a um custo muito alto para a comunidade de negócios de Hong Kong”, disse a EuroCham.
“As repostas de nossas companhias contribuintes descrevem um panorama angustiante, com metade das companhias em Hong Kong vivenciando alta rotatividade de funcionários e/ou planejando transferir suas operações para fora de Hong Kong”.
Hong Kong está lutando contra seu pior surto de coronavírus, agravado por baixas taxas de vacinação entre idosos.
Mais de 5,6 mil morreram desde janeiro em comparação a cerca de 200 durante os primeiros dois anos da pandemia.
Alguns especialistas da saúde acreditam que metade dos 7,4 milhões de residentes da cidade foram infectados nos últimos 3 meses.
Fonte: Asia Nikkei