O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, prometeu na segunda-feira (23) tomar medidas urgentes para combater a queda de nascimentos do país, dizendo que era “agora ou nunca” para uma das sociedades mais antigas do mundo.
Nos últimos anos, o Japão vem tentando encorajar sua população a ter mais filhos com promessas de bônus em dinheiro e melhores benefícios, mas ele continua sendo um dos locais mais caros do mundo para criar uma criança, de acordo com pesquisas.
O número de nascimentos caiu para uma nova baixa recorde no ano passado, de acordo com estimativas oficiais, ficando abaixo de 800 mil pela 1ª vez, um momento crítico que veio 8 anos antes do que o governo havia esperado.
“Nossa nação está à beira de não ser capaz de funcionar como uma sociedade devido à baixa taxa de natalidade”, disse Kishida em um discurso de política na abertura da sessão parlamentar deste ano.
“É agora ou nunca quando se fala em política relacionada a nascimentos e criação e filhos, essa é uma questão que simplesmente não pode mais esperar”, acrescentou ele.
Kishida disse que apresentaria planos para dobrar o orçamento para políticas relacionadas a crianças até junho e que uma nova agência governamental de Crianças e Famílias para supervisionar a questão seria estabelecida em abril.
O Japão é o terceiro país mais caro do mundo para criar um filho, de acordo com a YuWa Population Research, atrás apenas da China e Coreia do Sul, países que também estão sofrendo encolhimentos populacionais em sinais preocupantes para a economia global.
Na semana passada, a China reportou que sua população diminuiu em 2022 pela primeira vez em 60 anos.
Fonte: Channel News Asia