O conturbado gigante do setor bancário, o Credit Suisse, diz que tomará emprestado até US$54 bilhões do banco central da Suíça para apoiar suas finanças.
O banco disse que estava tomando a ação decisiva para fortalecer sua liquidez, visto que ele buscava se tornar um banco mais simples.
As ações no Credit Suisse despencaram 24% na quarta-feira (15) após ele ter dito que encontrou “fraqueza” em seu relatório financeiro.
Isso levou a uma liquidez geral nos mercados europeus, e temores de uma crise financeira mais ampla.
O Credit Suisse disse que suas medidas de empréstimo demonstraram “ação decisiva para fortalecer (o banco)”.
Problemas no setor bancário emergiram nos EUA na semana passada com o colapso do Silicon Valley Bank, o 16º maior banco do país, seguido dois dias depois pela queda do Signature Bank.
Após as ações do Credit Suisse terem caído na quarta-feira, um grande investidor, o Saudi National Bank (Banco Comercial Nacional), disse que não injetaria mais fundos no banco suíço.
As preocupações se espalharam pelos mercados financeiros com todos os principais índices caindo de forma acentuada.
“O problema no Credit Suisse, mais uma vez, levantou a questão se isso é o início de uma crise global ou é apenas um outro caso *idiossincrático”, escreveu Andrew Kenningham da Capital Economics.
O Banco Nacional Suíço, que é o banco central da Suíça, e o Autoridade Federal de Vigilância do Mercado Financeiro, buscaram acalmar os investidores, dizendo que eles estavam preparados para ajudar o Credit Suisse se necessário.
Série de escândalos nos últimos anos
O Credit Suisse, fundado em 1856, tem enfrentado uma série de escândalos nos últimos anos, incluindo acusações de lavagem de dinheiro e outros problemas.
Ele perdeu dinheiro em 2021 e novamente em 2022, seu pior ano desde a crise financeira de 2008, e alertou que não espera ser rentável até 2024.
*idiossincrático: que possui ou revela características distintivas dos demais
Fonte: BBC