Um homem e uma mulher idosos morreram após comerem baiacu na Malásia, levando a um apelo da filha do casal por leis mais rígidas para evitar que outros tenham o mesmo destino.
Ng Chuan Sing e sua esposa, Lim Siew Guan, ambos na faixa dos 80 anos, compraram inadvertidamente pelo menos dois baiacus de um vendedor online em 25 de março, disseram autoridades no estado de Johor, no sul da Malásia.
No mesmo dia, Lim fritou o peixe para o almoço e começou a apresentar “dificuldades para respirar e tremores”, disseram autoridades. Uma hora após comer a refeição, seu marido também começou a apresentar sintomas similares, acrescentaram.
O casal foi levado às pressas para o hospital e internados na unidade de terapia intensiva. Lim teve a morte confirmada às 19h, hora local.
Ng ficou em coma por 8 dias, mas sua condição piorou e ele morreu na manhã de sábado (8), disse a filha do casal, Ng Ai Lee, a qual exigiu prestação de contas pela morte de seus pais e por leis mais rigorosas na Malásia, onde pelo menos 30 espécies de baiacu são comumente encontradas.
Apesar dos perigos, baiacus são vendidos em muitos “mercados molhados” na Malásia.
Comumente denominado como “fugu” (termo japonês para baiacu em japonês), a carne desse peixe é apreciada como uma iguaria cara, apesar de conter veneno mortal.
Os órgãos, assim como a pele, sangue e espinhos do peixe, contêm altas concentrações de veneno mortal conhecido como tetrodoxina. A ingestão pode causar rápido formigamento em torno da boca e tontura, os quais podem ser seguidos por convulsões, paralisia respiratória e morte, dizem especialistas.
Ele é comumente servido em restaurantes de luxo de Tóquio como sashimi, mas também ganhou popularidade em países como a Coreia do Sul e Singapura.
Sob a lei japonesa, chefs devem passar por aprendizado extenso de até 3 anos antes de receberem uma licença e terem permissão para manusear e preparar o peixe para consumo.
Não há antídoto para o veneno do peixe.
Fonte: CNN