O crescimento econômico da Ásia vai ultrapassar o dos EUA e da Europa neste ano, liderado por forte demanda doméstica, de acordo com a Morgan Stanley, empresa global de serviços financeiros sediada em Nova Iorque.
“O grande argumento que estamos fazendo para a Ásia, incluindo o Japão, para ultrapassar EUA e Europa, é o fato de que há forte demanda doméstica”, disse Chetan Ahya, economista-chefe do Morgan Stanley para a Ásia, ao “Street Signs Asia” da rede CNBC, na segunda-feira (17).
“A China é uma. Ela está passando por uma recuperação razoavelmente boa por causa da reabertura, mas também pela política fiscal e monetária sendo acolhedora”.
As outras três grandes economias asiáticas – Índia, Indonésia e Japão – também estão mostrando demanda doméstica robusta, acrescentou o economista.
“Temos a expectativa de que o crescimento da região ultrapasse em cerca de 500 pontos de base até o fim deste ano, o que é essencialmente no quarto trimestre deste ano”, disse Ahya.
Sua previsão otimista para a região corresponde às mais recentes perspectivas do Fundo Monetário Internacional (FMI) de que a Ásia-Pacífico continua sendo uma região dinâmica, apesar de um ano desafiador para a economia mundial.
A agência apontou na semana passada que a demanda doméstica da Ásia até agora continuou forte apesar de aperto monetário.
“Projetamos que a região contribuirá com mais de 70% do crescimento global deste ano, visto que sua expansão acelera de 3.8% em 2022 para 4.6% neste ano”, escreveu o FMI em um blog.
A recuperação da China “está indo melhor que as expectativas de todos”, disse Ahya, e ele não vê a inflação como grande risco para o país.
Mais pessoas na China querem comprar casas novamente, de acordo com uma pesquisa de primeiro trimestre divulgada recentemente pelo People’s Bank of China. O aumento segue o fim dos controles da Covid do país.
O Banco Mundial também espera que economias no leste asiático e no Pacífico cresçam mais do que o previamente estimado, graças a uma recuperação acentuada em atividades na China, citando que a região não foi afetada pelos estresses bancários globais.
Fonte: CNBC